Ampliando o Repertório

Ampliando o Repertório

Para um alto executivo, como um diretor C-level, que deseja se tornar um conselheiro de administração, a ampliação do repertório é um elemento fundamental para o sucesso nessa transição. Enquanto a atuação em posições executivas exige habilidades focadas na execução, liderança direta e resolução de problemas operacionais, o papel de um conselheiro demanda uma visão estratégica mais ampla, conhecimentos interdisciplinares e a capacidade de agregar valor a partir de perspectivas diferentes das que são exigidas no dia a dia executivo.

 

Ampliar o repertório significa expandir o conhecimento para além da área de expertise original do executivo. Isso inclui se aprofundar em temas como governança corporativa, compliance, gestão de riscos, sustentabilidade, ESG, transformação digital, finanças e dinâmica de mercados globais. Um conselheiro eficaz precisa compreender como diferentes áreas da empresa interagem e impactam o desempenho organizacional no curto, médio e longo prazo. Essa visão holística permite que ele contribua de forma mais robusta para decisões estratégicas e supervisão da gestão.

 

Além disso, o conselheiro precisa lidar com uma diversidade maior de setores, culturas organizacionais e interesses de stakeholders, o que exige habilidades interpessoais avançadas e uma sólida capacidade de mediação. Por isso, trabalhar a ampliação do repertório também envolve o desenvolvimento de competências como escuta ativa, pensamento crítico e capacidade de fazer perguntas estratégicas que incentivem reflexões profundas e ações eficazes por parte da gestão.

 

Outro aspecto relevante é a atualização constante em relação às tendências e desafios emergentes, como mudanças regulatórias, avanços tecnológicos e questões socioambientais. Isso posiciona o conselheiro como uma figura atualizada e relevante para guiar a empresa em um ambiente de negócios cada vez mais complexo e dinâmico.

 

Finalmente, a ampliação do repertório reforça a credibilidade do profissional na nova posição. Conselheiros de administração são escolhidos não apenas por suas realizações passadas, mas por sua capacidade de trazer insights valiosos e diversificados para o conselho. Para um executivo em transição, investir em formação específica, como cursos de conselheiros certificados, e participar de fóruns, palestras e publicações relacionadas ao tema é essencial para construir esse repertório. Dessa forma, ele se posicionará como um conselheiro preparado para atuar com excelência em qualquer organização.

 

Ter uma orientação especializada no processo de transição para conselhos de administração, como o programa "Rumo ao Conselho" (rumoaoconselho.carrd.co), pode ser uma ferramenta poderosa para quem busca ampliar o repertório e se preparar para atuar como conselheiro. O executivo conta com um guia estratégico, que auxilia na estruturação de seu desenvolvimento, maximizando suas competências e superando eventuais lacunas que possam limitar sua atuação no conselho. O apoio no processo de transição para conselhos é como contar com um parceiro que acelera o aprendizado e ajuda o executivo a ampliar seu repertório de forma direcionada e eficaz. O processo vai além de apontar caminhos: ele auxilia o profissional a desenvolver as competências necessárias, construir uma marca pessoal forte, expandir sua rede de contatos e se posicionar como um conselheiro de alto impacto no mercado

 

Esse processo envolve tanto o desenvolvimento de novas competências quanto o aprofundamento em temas relevantes para a governança corporativa e a gestão de negócios. Abaixo estão algumas estratégias para ampliar o repertório:

 

1. Formação Acadêmica e Cursos Específicos: Investir em educação é uma das maneiras mais diretas de expandir conhecimentos. Cursos de formação para conselheiros são particularmente úteis para entender o papel, as responsabilidades e os desafios de um conselheiro. Além disso, especializações em áreas como ESG, compliance, finanças estratégicas, transformação digital e gestão de riscos podem agregar valor ao repertório.

 

2. Participação em Conselhos Consultivos: Uma forma prática de adquirir experiência é atuar em conselhos consultivos antes de ingressar em conselhos de administração formais. Essa atuação permite ao profissional vivenciar dinâmicas de governança, contribuir com estratégias organizacionais e aprender a navegar no equilíbrio entre supervisão e apoio à gestão.

 

3. Atualização sobre Tendências e Desafios Globais: Acompanhar as principais tendências do mercado é crucial para se manter relevante. Isso pode inclui:r Transformação digital e tecnologias emergentes (IA, blockchain, big data); Mudanças regulatórias e normas de governança; Temas socioambientais e ESG, que estão cada vez mais presentes na agenda dos conselhos; Ler relatórios de consultorias como McKinsey, PwC e Deloitte, além de publicações especializadas, ajuda a compreender os desafios contemporâneos e emergentes.

 

4. Networking com Profissionais Experientes: Participar de fóruns, conferências e eventos voltados para governança corporativa oferece a oportunidade de aprender com conselheiros experientes. A troca de experiências com profissionais que já atuam em conselhos pode trazer insights valiosos sobre como agregar valor nesse papel.

 

5. Diversificação de Experiências Profissionais: Ampliar o repertório também significa sair da zona de conforto e buscar experiências fora do próprio setor ou área de atuação. Executivos podem explorar: Projetos interdisciplinares que envolvam múltiplas áreas da empresa; Atuação em setores diferentes do que estão habituados; e Papel de mentor ou coach para outros líderes, desenvolvendo uma visão mais ampla sobre pessoas e organizações.

 

6. Desenvolvimento de Competências Comportamentais: Ser um conselheiro exige mais do que conhecimentos técnicos. É fundamental desenvolver habilidades como: Pensamento crítico para analisar dados e cenários complexos; Comunicação estratégica para influenciar e orientar sem invadir o espaço da gestão; Capacidade de escuta ativa, respeitando opiniões diversas e promovendo o diálogo construtivo; e Gestão de conflitos, já que conselheiros frequentemente lidam com interesses divergentes.

 

7. Publicações e Contribuições Intelectuais: Escrever artigos, dar palestras ou publicar estudos sobre governança, liderança ou temas técnicos demonstra autoridade e conhecimento na área, além de contribuir para o reconhecimento no mercado.

 

8. Experiência em Organizações Sem Fins Lucrativos: Participar de conselhos ou comitês em fundações, ONGs ou instituições educacionais permite aprender a trabalhar com governança em contextos de alta complexidade e com recursos limitados. Essas experiências ajudam a desenvolver uma visão mais ampla e sensível sobre diferentes formas de liderança.

 

=== Mensagem final:

Ampliar o repertório é um processo contínuo que exige curiosidade intelectual, disposição para aprender e abertura para experiências novas. A combinação de formação técnica, desenvolvimento de competências comportamentais e exposição a diferentes contextos de liderança prepara o executivo para atuar como um conselheiro estratégico, capaz de agregar valor aos conselhos em que participa. Essa jornada é tanto um investimento na carreira quanto um compromisso com a excelência na governança corporativa.

Ótimo observar tais reflexões sobre postura corporativa. Aproveito pra desejar Feliz 2025. Cordialmente, Prof Luiz Roberto Nascimento www.rngestaoempresarial.com.br

Rodrigo Honorato

Diretor Industrial | Diretor de Operações | Gestor de Planta | Operações LatAm | Projetos de Engenharia

1 sem

Alexandre Oliveira, PhD, como sempre vc proporciona conteúdos de alto nível de excelência.

Marcio Martinelli

ESG/Stakeholders | Empreendedor | Consultor de Estratégia e Inovação | Conselheiro de Administração/Consultivo | Certificação IBGC

1 sem

Muito informativo e abrangente. Parabéns!

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