| CASCAIS & NOVASBE |

| CASCAIS & NOVASBE |

Inovação e cooperação: as palavras de ordem para darmos a volta a este momento, tantas vezes de “poucochinho”.

Faço deste momento o meu ponto de partida, porque considero que a inovação e a cooperação são o caminho natural para o futuro: é preciso criar alternativas e pensar em perspetiva; é preciso parar para olhar em redor e perceber o que é que a modernidade e a consequente evolução da tecnologia têm para nos oferecer. Na verdade, no âmbito da minha experiência profissional, reconheço que Portugal tem sido bem-sucedido nesta missão. Somos um país de oportunidades e que, realmente, se encontra bem posicionado em diversos domínios, mas com “tanto” ainda por fazer.

Por se tratar de uma área que me é familiar, não posso deixar de referir, por exemplo, os enormes progressos que se têm feito em termos de inovação na experiência do cliente no ponto de venda. Acredito que somos, atualmente, um dos países europeus que melhor tiram partido da tecnologia para desenvolver o negócio, neste segmento, penso que ninguém tem dúvidas sobre este ponto. 

Voltando um pouco atrás, também tenho de reconhecer que ainda temos no entanto muito para fazer no que respeita a cooperação. Surge, portanto, a cooperação como um enorme "desmancha-prazeres": afinal somos inovadores e destacamo-nos, mas apenas de um ponto de vista individualista?

Se a inovação deve ser palavra de ordem, sobretudo na conjuntura em que nos inserimos, a colaboração e a cooperação – a união de esforços, no fundo – não são menos importantes. Julgo que é aqui que reside um dos nossos grandes problemas atuais: a incapacidade que, muitas vezes, as diversas entidades têm para identificar oportunidades, criar parcerias e perceber de que forma podem estabelecer relações com outras instituições, que se traduzam em benefícios para ambas as partes. 

Hoje em dia, aposta-se, cada vez mais, na formação e na especialização. Investe-se na segmentação do talento e no aprofundamento das competências. Em última análise, os nossos profissionais são cada vez melhores naquilo que, especificamente, fazem.

Assim, devemos encarar esta ideia como uma janela de oportunidades de colaboração. Se temos ótimos profissionais, porque não tentar expandir ao máximo o valor que estes podem trazer para as nossas sociedades? É inevitável criar estratégias de cooperação, reconhecer pontos fortes e pontos fracos e pensar em mecanismos que permitam tirar o melhor partido do que nós temos e do que aqueles que nos rodeiam têm para oferecer

Há que abandonar um modelo de percursos distintos e paralelos, para abraçar o desafio da transversalidade. Por outras palavras, há que transportar os benefícios do networking em co-criação para agenda politica, de modo que, depois de Portugal ser apontado como um país que se destaca pela quantidade de empresas inovadoras, não surja o tão indesejado "mas" a arruinar o retrato.

Para já é de enaltecer o inovador exemplo de cooperação entre a Câmara Municipal de Cascais e a Nova SBE. Os factos falam por si.

Cascais, onde tudo começa nas pessoas.

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos