Como aproveitar ao máximo as experiências com educação corporativa?
Como consultora e facilitadora de projetos de aprendizagem corporativa, percebo o quão importante é a minha compreensão sobre como as pessoas se conectam com o processo, seja um programa mais longo, um workshop ou apenas uma palestra, para tirarem o melhor aprendizado.
E como não depende só de mim ou dos consultores que possa encontrar pelo caminho, preparei esse artigo para dar algumas dicas para você que talvez esteja cansado de participar de treinamentos diversos e sair sem saber como aplicar no seu dia a dia e na vida.
Uma primeira dica que eu acredito ser fundamental é esvaziar o seu copo antes de qualquer experiência. Duvide das suas certezas, abra a cabeça, o coração e a intenção. É claro que não quero sugerir que você não avalie e questione o que julgar necessário. Estou propondo apenas um exercício de humildade e de entrega – aquela “boa vontade, sabe?”, que nos deixa mais preparados para ouvir e compreender mensagens, ideias, que questionam crenças e paradigmas muito arraigados que podemos ter e que talvez precisem ser revistos.
Tudo o que lhe causar muito incômodo merece sua atenção. Se você tiver dificuldade em aceitar algo que contraria muito o que você pensa e pratica, sugiro que coloque em discussão os seus argumentos, ouça todas as vozes e depois, faça uma reflexão profunda. É bastante desafiador quebrar velhos paradigmas e modos de ser e pensar.
O ponto aqui é o seguinte: você pode estar precisando se atualizar, mas também pode ter ideias, contrapontos e informações importantes que precisam ser compartilhadas para o benefício de todos, até mesmo da vossa consultora aqui! :) Afinal, os consultores não têm todas as respostas e eles atuam como facilitadores de um processo que envolve a todos, não é apenas uma transmissão de conhecimento. Aliás, há algum tempo, até mesmo as salas de aula do ensino formal têm sido provocadas a superar esse modelo.
A segunda dica é: faça todas as atividades que são propostas durante o treinamento. Elas são programadas com propósitos muito bem definidos. Fazem parte da facilitação do aprendizado e de dinâmicas importantes de interação com os seus colegas ali presentes. Elas geram insights, dúvidas, aprendizados que podem ser muito bem explorados por você e pelo grupo em tempo real.
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Uma terceira sugestão é sempre fazer perguntas quando tiver dúvidas e também contribuir com suas reflexões e experiências. Esta é uma das formas de despertar a inteligência coletiva do grupo e promover trocas extremamente significativas. Já presenciei tantas conversas riquíssimas, que se originaram de uma pergunta, ou do compartilhamento de uma experiência! Mas também percebo muitas pessoas com medo de perguntar, de se expor, o que acaba comprometendo o seu aproveitamento e o dos outros.
A quarta e última orientação é que você defina alguns dos principais pontos que foram tratados e se comprometa a colocá-los em prática. Exemplo: de tudo o que foi tratado no último treinamento do qual você participou, o que mais lhe chamou atenção? O que você percebe que seria útil para o seu desenvolvimento, a partir dos desafios e das dificuldades que já sabe que tem?
Em muitos programas eu mesma já proponho a reflexão e endereçamento de algumas ações e tarefas específicas para auxiliar no processo de fixação e prática. Mas você precisa fazer a sua parte! Seja se comprometendo com o que foi sugerido, seja definindo outros caminhos mais alinhados às suas necessidades de desenvolvimento individuais.
Bem, espero que faça sentido para você, que coloque em prática e que tenha experiências cada vez mais significativas e transformadoras nos workshops, programas ou qualquer outra experiência de aprendizado que tiver!
Obrigada por estar aqui! Aguardo seus comentários! ;)
Sócia no Barra, Barros e Roxo Advogados
8 mCy, excelentes pontos! Com certeza a eficácia dos treinamentos seria melhor se as pessoas lessem o seu texto, vou compartilhar!