Da Privatização e da Cobrança de Estacionamento em áreas públicas do Distrito Federal - Projeto Zona Verde

O Governo do Distrito Federal por meio de seu Secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro Silveira, apresentou proposta (Projeto Zona Verde) para privatização de áreas públicas de estacionamento nas maiores áreas de fluxo da capital.

De acordo com o GDF, a proposta prevê a criação de quatro zonas com 115 mil espaços para veículos. São quatro regiões identificadas por cores:

Ipê Amarelo: Asa Sul, Asa Norte, Sudoeste, SIA e Setor de Indústrias Gráficas;

Ipê Roxo: setores bancários, comerciais, hoteleiros, de rádio e TV, setores de autarquias e médico hospitalares;

Ipê Rosa: Eixo Monumental, próximo aos Ministérios, Palácio do Buriti, Câmara Legislativa e Tribunal de Contas;

Ipê Branco: bolsões de estacionamento próximos às estações do Metrô e BRT

O Secretario prevê um investimento inicial de R$ 3oo milhões de reais e justifica que o GDF teria obtenção de lucros para serem revestidos no próprio sistema de mobilidade de transporte, além de que fomentaria o uso da população de ônibus e metrô.

Os administradores da Asa Sul e da Asa Norte e alguns deputados se mostraram contrários a esta ideia sob o argumento de que é impedir o cidadão comum de se utilizar áreas publicas, infringindo o direito de ir e vir.

De bom alvitre se atentar que o projeto visa a cobrança também em quadras residenciais, onde moradores além de já pagar IPVA também pagam condomínio, como direito a utilização do espaço residencial.

Outro ponto que merece maior atenção é o fato de que a empresa vencedora da administração de áreas públicas ganhará cerca de 90% dos lucros sem, contudo, ter feito qualquer tipo de investimento uma vez que o Plano Piloto é tombado e não se pode alterar seu plano diretor.

Infelizmente o a privatização do estacionamento privilegiaria mais aos empresários do que a própria sociedade, pois as cobranças minimamente retornarão para os cofres públicos ou para qualquer tipo de fomento a melhoria do sistema de transporte e mobilidade pública.

Dessa forma, entendemos não se tratar de uma melhor opção de mobilidade para população. Preferível seria investir em melhorias dos próprios transportes coletivos para exigir que se o utilize, mudando até a rotina e consciência da população para melhor fluxo em vias de transporte.

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