Fazendo Acontecer - caminhos possíveis para boas ideias !
É senso comum que nas empresas as ideias são implantadas de cima para baixo.
Lá do alto da hierarquia corporativa, acionistas e diretores são responsáveis por terem ideias brilhantes e cascateá-las por toda a organização.
E ok, esse é um caminho possível. Mas será que é só assim que as ideias fluem?
Você que está lendo esse texto tem boas ideias de como as coisas poderiam ser feitas, certo?
O que te impede de colocar sua visão em prática?
As boas ideias podem ser implementadas de “baixo para cima”.
Todos nós (em qualquer nível hierárquico) temos boas ideias e temos oportunidade de implementá-las, desde que tenhamos uma atitude protagonista frente à vida e o trabalho.
Existem múltiplas oportunidades em nossas proximidades: na nossa equipe, em nosso departamento, na nossa área, em que há autonomia de implementação de boas ideias, sem necessariamente envolver ou impactar a empresa toda.
Ás vezes encontramos portas "entre abertas”. E temos a oportunidade de abri-las sem pedir permissão.
Chamo de portas "entre abertas" aquelas mudanças e melhorias que estão lá esperando por serem feitas. E que podem ser feitas.
Por exemplo, você entende que encontros mensais entre você e seus liderados seriam ótimas oportunidades de desenvolvimento profissional. Mas essa não é uma norma corporativa.
Te pergunto : o que te impede de implementar essa prática no “seu reino”?
Desenvolver seu time é uma possibilidade, é permitido. Criando uma prática que vai além do mínimo necessário, você dá exemplo. E faz as boas ideias surgirem de “baixo para cima”.
O que deve ser feito pode ser feito por você.
Já pensou nisso?
Até aqui falei sobre protagonismo e sobre a possibilidade que todos temos de implantar as nossas boas ideias em nossas próprias áreas.
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E nós, como líderes como podemos estimular que as boa ideias apareçam?
Gosto muito de uma figura de linguagem que aprendi em um livro sobre a parentalidade, chamado “Crianças francesas não fazem manha” de Pamela Druckerman.
Pamela que é norte americana, compartilha no livro a sua experiência vivendo na França. Ela conta sobre sua perplexidade ao observar o comportamento das crianças francesas, que na sua opinião são mais educadas que o comum. Percebe, por exemplo, que os jantares na casa dos franceses não são eventos caóticos cheios de gritaria entre irmãos e interrupções. Que as crianças não costumam dar birra, e que se sentam à mesa de maneira educada e experimentam muito mais do que batatas fritas.
Com seu olhar atento e curioso ela investiga a mistura de relaxamento e autoridade que forma crianças comportadas e ao mesmo tempo articuladas, cheias de auto estima e personalidade.
Livro super interessante que traz conceitos que uso pra vida toda e não só para a relação com as minhas crianças (que hoje já estão bem adultas).
O principal aprendizado sobre protagonismo que guardo sobre as observações de Pamela Druckerman, é que, segundo ela, os pais podem e devem criar um ambiente de liberdade que funciona como uma espécie de moldura:
Existem limites (as molduras).
Existe liberdade (todo o quadro em branco no espaço entre as molduras).
Trago essa ideia para nosso dia a dia de trabalho. Acredito que nós, os líderes, podemos estimular o protagonismo de nossas equipes permitindo que, dentro de certos limites, elas se aventurem buscando soluções, implementando ideias e fazendo mudanças.
Os limites precisam ser grandes o bastante para que haja espaço de criação e autonomia, e pequenos o suficientes para que erros sejam permitidos e acolhidos.
Um líder está longe de ter, sozinho, todas as melhores ideias, soluções e insights. Um time provocado sim.
As pessoas precisam de espaço e estímulo para protagonizarem e um líder tem papel fundamental nesse processo.
Faz sentido para você?
C-Level | Board Member | POWERCOFFEE.COM Ambassador
3 aMuito legal a sua reflexão!