Fazer em vez de criticar

Em quase todas as empresas em que trabalhei e não foram poucas, eu encontrei aquele profissional que adora jogar m ... no ventilador. Pode até estar imbuído de boas intenções, em vestir a camisa da empresa, em usar seus conhecimentos para reduzir custos e melhorar os processos. Contudo, o que eu percebi em todos eles, é que usam horas certas para poderem se mostrar para chefes. Deixam para lançar suas observações na hora ou em reuniões onde estão os chefes e outras pessoas. Com isso eles lançam ao vento informações sem antes analisar os processos, o que os outros profissionais fizeram. Pior, não verificam antes com quem vai ser questionado se os fatos e dados que possuem estão corretos e, na maioria das vezes, não estão porque esses falsos amantes da empresa não estão por dentro dos processos, das diversas interfaces que existem, dos outros impactos, etc. Mas ao jogarem o seu pensamento ao vento não existe mais chance de reverter a imagem ruim que foi criada para os profissionais que realmente fazem e isto gera desmotivação. Mas para eles valorização pela chefia.

Um líder uma vez disse a mim e todo o seu “staff”; “não me tragam problemas, me tragam soluções”. Se esses falsos amantes da empresa realmente a amassem deveriam levantar o problema com os envolvidos, discutir soluções, questionar processos e dar sugestões. Ou seja, também fazer em vez de criticar. O criticar é muito fácil, o fazer é que eles não querem. Claro, porque eles sabem que em muitas empresas os líderes ainda dão valor para eles. Olhem, eles descobriram os problemas, eles acharam coisa errada, eles ajudam a empresa. Será? Esses falsos amantes das empresas ajudam na busca da melhoria ou apenas levantam os problemas? Numa das empresas que eu trabalhava toda a vez que íamos analisar um produto com problema e o diretor de operações estava junto, lá vinha o nosso “joga m...”, logo começavam as críticas, os arroubos de defensor do cliente e da empresa, como se realmente ele estivesse preocupado com algo que não o seu próprio umbigo. O que aconteceu? Eu saí da empresa e depois de um tempo soube que ele virou coordenador, chefe de pessoas.   

Quando as empresas vão valorizar mais quem faz e não quem critica?

Lembro que eu, mesmo sendo da Qualidade, poderia usar isto para apertar todos, apontar defeitos e problemas com a desculpa de estar preocupado com o cliente. E sempre me preocupo em reforçar que são recomendações não críticas. Tanto que nessas recomendações já sugiro soluções.

"Estou revoltado com a injustiça humana e o autoritarismo de alguns"

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