Padronização empoeirada

Quantos de nós já vimos as SOP (Standard Operations Procedures) ou IT (Instruções de Trabalho) cheias de pó nos postos de trabalho ou em pastas com teia de aranha? O que significa? Ninguém as usa. Vá ao Gemba (chão de fábrica) e filme uma operação e depois veja se é feita igual ao que a SOP ou IT determina. Isto mostra claramente a falta de padronização, cada um faz do jeito que acha ser melhor para si e não para o processo/empresa. Não adianta abrir projetos Kaizen senão houver padronização dos processos (e não só na produção). A padronização em todos os processos garante que todos fazem do mesmo jeito, que podemos rodar um ciclo PDCA para melhorar o processo, que podemos identificar melhor as perdas e, aí sim, implantar projetos Kaizen. Teremos padronização para identificar o que deu errado (ex.: erro humano) e gerou perdas, padronização para ministrar treinamentos de reciclagem e para novos funcionários, etc.

Como tirar a poeira das SOP/IT? Uma das maneiras é criar periodicidade para a revisão. Com o tempo os profissionais vão identificando oportunidades de melhoria, de fazerem mais facilmente a tarefa e isto deve estar alinhado com a documentação. Dando prazo de validade para as SOP/IT obriga a pegarmos esses padrões e, junto com a equipe, os revisarmos e os alinharmos com a tarefa real. "Ou fazemos o que escrevemos ou escrevemos o que fazemos". Vamos tirar a poeira dos nossos padrões? Não adianta abrir projetos Kaizen se o básico, a padronização, não estiver robusta.

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