A Liderança Shakti e minha ressignificação de Poder
Olá leitor(a)! Já mando um spoiler de que o texto a seguir é um capítulo do diário de bordo da minha carreira e você é meu convidado(a). Entre e leia à vontade.
Lá em 2009, quando deixei a cadeira de comunicação e a rotina da redação publicitário corporativa para ingressar no fantástico mundo do desenvolvimento humano eu não poderia imaginar os desafios e limitações que me aguardavam.
Na ocasião, como toda novidade atraente (intelectual e financeiramente), me rendi à proposta e embarquei no que hoje compreendo como um "chamado à aventura". Bem, encurtando a novela, rapidamente entendi e fui orientada a tomar algumas posturas para digamos, "sobreviver" e me "destacar" neste mercado. Compartilho duas delas com vocês:
1. Corte seu cabelo, minta a sua idade - Afinal, qual é a bancada de líderes (em sua maioria homens) de uma multinacional que vai querer ser treinada por uma menina que ainda nem chegou nos 30?
2. Faça o que tem de ser feito, no tempo certo e com a maior produtividade possível - Como assim querer discutir e se aprofundar nas questões existenciais dos participantes? Tá louca? Time is money e você é trainer, não psicóloga.
Com o passar do tempo, essa adaptação feita no início acabou se tornando uma máscara que escondia minha real identidade, e esse contínuo sufocar de emoções fez com que eu entrasse numa profunda crise, questionando meu propósito, minhas capacidades e qual seria o futuro da minha carreira.
No livro Liderança Shakti os autores simplificam a Jornada da Heroína em quatro etapas, e a primeira delas é justamente a tal da crise - perda de poder, violação. Claro! Eu não me encaixava mais naquele padrão! Percebi que entre as polaridades da energia masculina e feminina que existe em todo indivíduo, o que acontecia era que eu só trabalhava a parte inconsciente em Shiva (potência masculina), e bem, bem superficialmente. Vou explicar.
O que queriam de mim o-tempo-todo-sem-descanso era:
- Clareza, Assertividade, Foco, Direção, Disciplina, Discernimento
E por não haver espaço para trabalhar os aspectos conscientes da minha potência feminina como criatividade, vulnerabilidade, abertura e variedade só o que eu comecei a entregar foi uma postura agressiva, arrogante, mecânica e com muita, muita fome de poder (uma ideia totalmente equivocada do verdadeiro poder).
A crise foi tamanha que ficou insustentável. Sabe por quê? Porque toda vez que alguém tentava me alertar do que estava acontecendo eu partia para o oposto inconsciente da polaridade feminina, agindo de forma sufocante, sentimental, carente, dependente. Um caos
Por qual motivo eu escrevo tudo isso e me exponho? Porque há algo revolucionário acontecendo e quero espalhar isso ao maior número de pessoas que eu conseguir. A revolução de hoje chama-se CONSCIÊNCIA!
Das quatro etapas da Jornada da Heroína, eu finalmente sai da crise para o enfrentamento dos traumas (crenças limitantes) e, disposta a ressignificar poder (com a ajuda desse livro extraordinário) matei o "dragão da inferioridade feminina" - cito a citação de Murdock no livro
"Os dragões que guardam, com muito ciúme, o mito da dependência, o mito da inferioridade feminina e o mito do amor romântico são oponentes assustadores. Esta não é uma jornada para covardes; é preciso ter muita coragem para adentrar na sua profundidade."
e sigo no mais lindo processo de transformação que já vivi, descobrindo novas qualidades e despertando para a utilização de toda a potência feminina que existe em mim. Utilizo essa consciência em todos os trabalhos que desenvolvo, desde os atendimentos individuais de coaching até os projetos de coaching group e ações de desenvolvimento dentro das empresas.
O desafio é grande e muito, muito nobre. Muitos já bateram a porta na minha cara, por acharem que sou louca, no entanto, tem muita gente linda e desperta que tá agindo e transformando o cenário da liderança no mundo. Sou grata às mulheres e homens maravilhosos que se apresentaram em meu caminho e me indicaram essa leitura maravilhosa. Pratiquem a liderança consciente na vida de vocês! É inspirador e transformador. Última citação:
“Para a vida ser gerada e florescer, você precisa tanto da semente quanto do solo. Coloque as melhores sementes possíveis em um solo tóxico ou empobrecido e elas não germinarão. Por outro lado, mesmo com o solo mais fértil e nutrido, uma semente danificada ou defeituosa não se desenvolverá em algo com valor ou impacto duradouro. Tanto a semente quanto o solo devem ser cuidados para possibilitarem transformações positivas no mundo.”
Contem comigo para disseminar essa pratica e levar consciência, equilíbrio, flexibilidade e amor ao maior número possível de pessoas. Let Shakti Flow!