Nossos dias são assim

Nossos dias são assim

Já tivemos militares administrando nosso país, não deu certo, é nítido que o poder com armas na mão só leva a uma atrofia mental e estagnação racional, tudo se torna proibido, inclusive se manifestar ou inovar com arte e liberdade de expressão.

Tivemos partidos como Arena, PMDB, PSDB, Partido Verde, PCB, PCDB, nada deu certo, então decidimos colocar um partido que a muito tempo se vendia como um partido do povo (PT), lembro que na posse do Lula, muitos choraram e a esperança voltou para população brasileira, infelizmente vimos novamente que também não deu certo.

Vimos ladrões de gravata e sem gravatas, de colarinho branco e descamisados, políticos diplomatas, especialistas, com 10 dedos nas mãos e com apenas 9 dedos, mestrados e ignorantes, falando vários idiomas e outros que nem mesmo o português falam corretamente, aceitamos tudo isso, todas essas mudanças, calados e aguardando uma melhoria de 4 em 4 anos.

Aceitamos tudo que se possa imaginar para esse país em troca da acomodação e tranquilidade de não pensar um pouco mais, da falta de estratégia e lógico do conhecimento histórico.

Brigamos com colegas e amigos sobre um assunto que ninguém conhece ao certo a menos que estivesse no meio desse sistema, sistema esse que é muito mais inteligente do que todo crescimento tecnológico desses últimos 30 anos.

Há muito tempo os políticos são citados em músicas, em filmes, em livros e jornais, memorandos, depoimentos, biografias, mostrando a cara do governo, mostrando a cara de um país que se desenvolveu administrativamente e politicamente de forma negativa há mais de 500 anos.

Por anos o povo disse que não gostava de política, não falava sobre política, que era um assunto chato e muitos fugiam do assunto dizendo não conhecer, estratégia que beneficiou o sistema.

Quando viram tamanha ignorância sobre o sistema político, começaram a embutir na cabeça dos brasileiros, informações que minaram de certa forma o futuro do país e beneficiaram toda a trama chegando no estágio que estamos hoje.

Lembro que aos meus 18 anos votei no Jânio Quadros para prefeito de São Paulo e fiquei contente por ter essa opção de voto, como alguns dizem, o direito ao voto, mas o que é um direito quando não se tem alternativas? ou quando as alternativas são definidas por eles próprios (os políticos)? Nada ou talvez tudo, depende de como vemos o mundo e onde queremos chegar, depende da interpretação.

O direito a voto inclui o direito de não votar como forma de manifestação, e talvez essa seja a forma mais passiva de dizer não, sem parar de trabalhar e sem pancadaria. Não votar no menos pior ou votar no mais inteligente e até mesmo votar no mais rico porque teoricamente não precisaria roubar é uma ignorância absurda se estudássemos um pouco da nossa história.

Se torna difícil dizer em poucas palavras os porquês, mas o que posso garantir é que enquanto votarmos para políticos com mais de 50 anos ou seja, que aprenderam com os mestres políticos do passado ou aqueles que tenham algum parentesco com antigos políticos, mesmo que seja de 10º grau, jamais mudaremos esse cenário.

Nos últimos 30 anos é visível a má fé dos governantes, ao invés de uma reforma fiscal, a ideia é começar por uma reforma previdenciária e trabalhista, a reforma fiscal mudaria o futuro das empresas, ajudaria os empresários e a população, mas ninguém briga ou brigou por isso, nenhum governo se manifestou em iniciar por esse caminho, ou seja, tanto imposto pago e nem um terço de todo valor é destinado para Saúde, Educação, Segurança, Emprego e Moradia.

Registro minha sincera indignação política nesses últimos 30 e poucos anos

Por Marcelo Salvo


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