O julgamento da pessoa tímida

O julgamento da pessoa tímida

É comum se estabelecer um clima estranho quando uma pessoa muito tímida entra num ambiente e tenta passar-se desapercebida permanecendo calada.

E aí vem a pergunta? Será que ela é tímida ou é egoísta?

Afinal, o que leva alguém a escutar outras pessoas opinarem e manter-se calada sem interagir, sem colaborar com suas ideias, sem dividir seus dilemas e alegrias, sem compartilhar seus pensamentos e sentimentos?

Será que ela nunca pensou que, além de ser julgada como egoísta, pode passar a impressão de que é pessoa difícil ou insensível ou arrogante ou ainda ignorante?

Será este comportamento de ficar quieta num canto uma forma de chamar a atenção?

Vejamos. Mesmo sem querer a pessoa tímida acaba sendo o centro das atenções. Seu comportamento silencioso influencia o ambiente e preocupa as pessoas, que se perguntam: – O que será que ela tem? Está com algum problema? Será que falamos uma besteira? Dissemos algo que a magoou?

A pessoa tímida gera ressentimento nos outros que se sentem culpados por algo que nem sabem bem o que é. E quando perguntam por que ela está assim introspectiva, vem a resposta com seu jeitinho tímido: – Não é nada, não.”

Mas até esse “não é nada, não” é dito de um jeito tão sentido que aumenta a preocupação das pessoas com ela.

Se não é nada, não, porque este isolamento? 

Claro que é um direito dela ficar sem falar com ninguém, mas e se isso acontece sempre?

Somos julgados por nossos comportamentos e se a pessoa tímida se isola e com frequência, sua atitude dará a entender que ela deseja manter-se distante. Com isso as pessoas irão entender que devem se afastar para não arrumar ainda mais encrenca para a sua já complicada vida. E se as pessoas se afastam, na maioria das vezes ela sofrerá, em silêncio, claro.

É comum a pessoa tímida aceitar tudo o que os outros falam e decidem.

Talvez ela “lá no fundo” não concorde, mas tem um ditado popular que diz: “quem cala, consente”. Assim ela acaba aceitando contra sua própria vontade e perde a oportunidade de ser dona de sua vida.

Ela engole a decisão dos outros e às vezes sai resmungando, culpando os outros por não lhe terem dado a oportunidade de falar e então se justifica chamando os outros de egoístas por não lhe “darem a palavra”. 

“Tomar a palavra” e expressar-se requer coragem e humildade.

Coragem para expor o que se pensa e humildade para aceitar que o que se fala pode não ser bem aceito pelos outros como se deseja. Mas falar demonstra que se tem interesse em colaborar para buscar soluções e resolver os problemas.

Se você é uma pessoa que evita se expor, pare e pense: se não der a sua opinião e não expressar seus pensamentos e sentimentos estará concordando com tudo o que acontecer depois. E no depois não adianta reclamar e se fazer de vítima.

Sem dar a sua opinião, além de tímida, a pessoa será julgada como submissa e omissa e vai perder a oportunidade de praticar e usufruir de sua liberdade.

Então, que dê a sua opinião, que é tão valiosa quanto a opinião de qualquer pessoa.

Solte a voz, manifeste-se, opine, discuta, converse com as pessoas interagindo, contribuindo e aprendendo com todos nos vários ambientes profissionais e pessoais.

A convivência democrática agradece.

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Daniela Lima

Analista de Benefícios e Recursos Humanos | Consultor de Benefícios | Seguro Saúde e Dental | Seguro de Vida | Atendimento Humanizado | Plataforma de Benefícios flexíveis | Comercial e Pós Vendas

8 a

Recomendo muuuito!!!

Márcio Leodoro

Manutenção | Engenheiro Civil

8 a

Mauro, gostei imensamente do seu artigo. Seja feliz ajudando pessoas a falar e, primorosamente falar bem. Você é muito bom nisso! Super recomendado.

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