O que queremos aprender de fato?
Diz-se que para um martelo tudo o que ele vê pela frente são pregos.
O que nos faz sermos martelos em várias situações das nossas vidas, quando só queremos martelar as coisas como única solução para tudo?
Dispensável falar dos estragos que essa situação acarreta.
Só com uma atitude de abertura para o aprendizado e para o novo teremos mais habilidades, aliás essa é uma característica que nos identifica e nos difere, homo sapiens. Homem sábio?
Multiculturas, multi-disciplinas, múltiplas opiniões e múltiplos pontos-de-vista fornecem a matéria-prima para nos tornarmos mais que uma única ferramenta. É o incômodo do diferente que ativa o processo de evolução, e não é sem dor que isso ocorre.
Piorando a situação há ainda a origem das ideias que dizemos que são nossas. Será que formamos nossos pensamentos pensando ou eles foram pensados por outros. Pensamos ou somos pensados?
Sem variedades e sem questionamento sobre as matrizes geradoras das informações, somos presas fáceis para a condução dos nossos destinos.
Rotular coisas pelas aparências ou pelas manifestações superficiais que percebemos é um comportamento martelo. Não querer ouvir, dialogar ou dar atenção àquilo que aparenta ser diferente é a confirmação disso.
Ficaremos mais próximos da liberdade das nossas próprias decisões quanto mais conhecimento tivermos. Conhecimento é gerado com a prontidão para a experiência do novo.
Dê a chance ao contraditório, dê para você a chance de questionar suas fontes (até aquelas sagradas e eternas – que foram passadas de pai para filho), questione o consenso.
Sem conhecimento somos martelos nas mãos dos outros a nos manipular.
És um martelo na forma de ver sua família, seus amigos, seu trabalho, sua profissão, sua cidade e seu país?
Avanços são territórios que não podemos perder em retrocessos tão aclamados nesses tempos atuais, lembre-se que a Terra não é plana.