Por que as organizações contratam consultores?
O mercado de consultoria vem crescendo de forma consistente nos últimos anos. Inicialmente, as grandes empresas de consultoria dominaram esse mercado, mas hoje a maioria das empresas de consultoria são de pequeno porte, com poucos funcionários, e em muitos casos trabalhando em home office. Isso é o que nos diz a última pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Consultores – ABCO, referente ao ano de 2017.
Posicionando como especialistas em áreas específicas, os consultores se veem diante de grande demanda por parte de startups, empresas de pequeno e médio porte, que demandam desse tipo de ajuda, mas que não estão em condições de incorporar em suas folhas de pagamento profissionais com salários elevados, devido a expertise e grau de maturidade que possuem.
Até mesmo as grandes corporações estão optando por esse modelo, no sentido de se tornarem mais competitivas e com baixo custo para suas operações.
Dentro deste contexto podemos identificar alguns fatores que contribuem para esse cenário favorável. Não se pode deixar fora deste novo contexto o fato de que o mercado de trabalho formal passa por grandes transformações e isso também impacta na migração de profissionais para a área de consultoria. Listamos algumas razões para que empresas contrate consultores:
Conhecimentos específicos - Num mundo de grandes mudanças não é possível dominar todas as competências necessárias, e nesse caso, as empresas de um modo geral, contratam consultores que possuem habilidades e conhecimentos específicos que você não encontra dentro da empresa.
Que possa complementar as competências que faltam na organização - Muitas vezes você precisa de uma complementaridade por tempo limitado e não vale à pena contratar um especialista no regime formal. Nesse caso, o consultor age pontualmente até que o trabalho seja encerrado ou que outras pessoas absorvam novas competências.
Que ajuda a preparar as lideranças para as mudanças que precisam ser feitas - Consultores não estão preocupados em manter o “status quo” ou preservar a cultura vigente. Eles enxergam as mudanças de forma pragmática, tocando nos pontos certos e não estão preocupados em preservar posições ou proteger grupos internos – as famosas camadas impermeabilizantes.
Que possa enxergar o problema numa perspectiva diferente - Nesse aspecto, o consultor pode trazer uma visão diferente do problema, utilizando precedentes já validados em empresas similares ou benchmarking, com base em trabalhos que tenha realizado.
Com competências para fazer trabalhos críticos - Aqueles trabalhos difíceis de serem feitos, que envolve pessoas que até então estavam em posições estratégicas, mas que diante de novos cenários, não seriam as mais indicadas para um novo ciclo de negócios. Nesse caso, o consultor é uma pessoa isenta e imparcial para tratar desse assunto.
Que consegue disseminar conhecimentos e desenvolver competências - Seja através de treinamentos formais, ou na posição de trabalho, ou em programas de desenvolvimento de líderes e equipes.
Preparados e dispostos a ajudar a empresa na construção de uma nova cultura - Contagiante e envolvente para gerar novas ideias e se reinventar.
Que seja desenvolvedor de novos negócios - Que saiba planejar e implementar novos modelos, que ajude na implementação das estratégias e que consiga mobilizar as pessoas para esse novo foco.
Detentor de grande rede de contatos e relacionamentos - Que possam ajudar a empresa a fazer novos negócios, fortalecer parcerias, manter bons relacionamentos com clientes e demais stakeholders.
Existem muitas outras razões para acreditar ser este um caminho factível para os dias atuais, mas para isso é preciso desenvolver algumas competências essenciais, antes mesmo de ir para o mercado se colocando como Consultor.
Carlos Eduardo S. Pereira é Diretor da Talentos Top - www.talentostop.com, desde 2002, atuando nas áreas de Gestão Empresarial e de Pessoas, Coaching e Cultura Organizacional. É também, Diretor do Núcleo Regional da ABCO – RJ.