Por que somos o 2° pior país para se dirigir no mundo?
Estive pesquisando sobre a infraestrutura do Brasil e me deparei com uma pesquisa realizada pelo site inglês Compare The Market, com dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostrando que o território brasileiro é o 2° pior país para se dirigir. A pesquisa levou em consideração o nível de qualidade das estradas, a taxa de mortalidade no trânsito, o congestionamento das cidades e também, os custos de manutenção do carro em relação à renda.
Foram registrados os seguintes dados:
- Baixa qualidade das estradas: 3,1
- Alto nível de congestionamento registrado nas grandes cidades: 28%
- Alto custo de manutenção em relação à renda: 26%
- Taxa de mortalidade de 16 a cada 100 mil pessoas.
Olhar para esses números me faz refletir se realmente estamos de fato desenvolvendo melhorias para a diminuição desses registros. É claro que se pararmos para pensar sobre os países que obtém melhores índices, são de menor escala em questões de extensão territorial, o que facilita o investimento por parte das lideranças governamentais.
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Mas isso não diminui ou argumenta a falta de boas estruturas para o transporte público, rodovias com precariedade na pavimentação e baixa sinalização, entre outros fatores necessários que prejudicam a performance dos usuários das ruas, vias e estradas.
Falando um pouco do transporte rodoviário de cargas, responsável por transportar mais de 65% das mercadorias ao redor do Brasil, são os que mais sofrem com a falta de infraestrutura. O impacto no setor resulta no aumento de acidentes, necessidade ainda maior de manutenção dos veículos, fora a piora na qualidade de vida dos motoristas, e claro, o aumento generalizado dos custos.
Devido a esses gargalos, quem trabalha diretamente com o setor, seja empresa ou autônomos, precisa procurar soluções e saídas constantes para que o impacto seja o menor possível na atividade exercida.
Trazendo o lado empresarial, aqui na TKE Logística, temos apostado diariamente na troca de informações com os nossos motoristas, com instruções para nos mantermos atentos nas rodovias que utilizamos em nossas operações. Hoje, muitas delas são pedagiadas, o que facilita a viagem, mas ainda longe do ideal. Buscamos abordar sempre o fator descanso, trazendo a importância de estarem bem e aptos para realizar as atividades, além do investimento em caminhões confortáveis e capazes de entregar o melhor desempenho para os motoristas.
Falar de infraestrutura, principalmente, do Brasil, não é fácil. Acredito que todos enxergam a necessidade das lideranças governamentais, juntamente com as do segmento, se alinharem cada vez mais, e ajustarem os pontos para haver um trânsito melhor e mais seguro.
Por outro lado, sabendo desse desafio, nós enquanto empresas, precisamos cada vez mais apostar na capacitação dos nossos colaboradores, investir em softwares que auxiliem na maior captação de dados, principalmente na melhor rota a ser seguida e, claro, ouvir ainda mais os motoristas – visto que são eles que enfrentam os desafios diários e podem ajudar a ser mais assertivos -, só assim conseguiremos ter mais resultados em nossas operações.