Pra que servem os diplomas?


Houve um tempo que os diplomas conferiam status, pois representavam um conhecimento específico em determinada área do conhecimento. O status era importante para a época, mas junto dele vinham também as oportunidades diferenciadas de trabalho.

As escolas representavam instituições do saber e seus principais profissionais, os professores, eram respeitados nas salas de aula e na sociedade como um todo, além de regiamente recompensados pela nobre tarefa que executavam.

O conhecimento era construído paulatinamente pelos alunos e cuidadosamente orientado pelos professores, ou melhor, mestres.

Para se conseguir o título de bacharel era necessário estudar quinze ou dezesseis anos no mínimo.

Vale ressaltar que nessa época o hino nacional é o pano de fundo das escolas, não só nas datas festivas.

Atualmente muita coisa mudou!

As escolas se transformaram em empresas mercantis de diploma, conforme sabiamente observou o célebre filósofo Michel Foucault. Parte do status permaneceu, já que o “valor” do diploma pode ser mais facilmente traduzido em unidades monetárias do que em conhecimento propriamente.

O glamour da profissão de ensinar já não existe mais e raramente veremos os pais orientando seus filhos a se formarem professores.

Os principais atores nas salas de aulas não são mais professores. Eles “estão” professores, haja vista que a crise econômica provocou a migração dos grandes profissionais das empresas para as “produtoras de diplomas”.

A didática, espinha dorsal dos grandes professores, raramente é encontrada nas instituições, o que prejudica bastante o nível de conhecimento geral, já que “ter” conhecimento não é suficiente para “transmitir” e “facilitar” a assimilação por parte dos alunos.   

Meu sábio e finado pai dizia: “Quem não ajuda; não atrapalha!”, porém tivemos um ex-governante que, além de não estimular o conhecimento ainda afirmava abertamente: “Ler é chato!”. Ler não é chato. O chato é ser burro!

Felizmente os brasileiros adoram copiar os estrangeiros e já existem empresas norte-americanas que começam a contratar através dos conhecimentos e habilidades, deixando os diplomas em último plano.

Vamos torcer para que os atuais governantes estimulem a leitura, o conhecimento, o saber, bem como aguardar as novidades chegarem!

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