Quanto custa um diploma universitário?
Se alguém o perguntasse quantas pessoas no mundo todo possuem um diploma de Ensino Superior, o que você haveria de respondê-lo? Penso que até antes de teres lido este artigo dirias que não sabes exatamente quantas pessoas não passaram ou não concluíram a licenciatura, mas que, como é óbvio, deve ser a maioria. É verdade, a maioria das pessoas no mundo todo não fizeram uma faculdade. Estima-se que aproximadamente 80% das pessoas no mundo todo não têm um diploma de Ensino Superior.
Esse dado foi levantamento por meio de uma pesquisa feita por uma pesquisadora argentina, envolvendo várias universidades do mundo todo, que forneceram seus dados, onde se conclui que até em 2021 apenas 23,8% da população ocupada tem nível ou por completar. Isso leva-nos a pensar que de facto, são as pessoas sem um grau superior que contribuem com 76,2% de força para que esta roda gigante gire.
Mas de facto, quanto custa um diploma superior? Em um mundo movido pela lógica capitalista, a busca pelo ensino superior frequentemente delineia as fronteiras do sucesso e da exclusão. A constatação de que aproximadamente 80% das pessoas no mundo não possuem um diploma universitário lança luz sobre uma realidade que é, ao mesmo tempo, inquietante e desafiadora.
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O olhar depreciativo dirigido àqueles sem um diploma universitário reforça uma narrativa de estigmatização e marginalização social. Para muitos, a falta de acesso à educação superior desencadeia um ciclo implacável de privações, onde as oportunidades de emprego digno, estabilidade financeira e crescimento profissional são escassas.
A sociedade, muitas vezes, não enxerga além das credenciais acadêmicas, ignorando o fato de que inúmeros indivíduos nesse grupo detêm habilidades inestimáveis e conhecimento prático que poderiam enriquecer o mercado de trabalho e a sociedade em geral.
No entanto, a dura realidade persiste: aqueles que ficam à margem da educação superior frequentemente enfrentam barreiras intransponíveis para alcançar uma vida de qualidade. Isso perpetua um ciclo de desigualdade social, prejudicando não apenas os indivíduos, mas a sociedade como um todo.
Para combater essa desigualdade sistêmica, é imperativo um esforço coletivo para redefinir nossos valores e prioridades. Devemos reconhecer que o sucesso não pode ser medido exclusivamente por um diploma universitário. Precisamos promover oportunidades igualitárias para que todas as pessoas, independentemente de sua formação educacional, possam prosperar e contribuir plenamente para o desenvolvimento da sociedade.
A educação superior é valiosa, mas não pode ser o único indicador de mérito. À medida que buscamos um futuro mais justo e equitativo, é essencial quebrar as barreiras que perpetuam o preconceito e a exclusão em relação à educação formal, para construir uma sociedade que valorize e aproveite plenamente o potencial de todos os seus membros.
Amante de Marketing Digital
1 aBelíssimo texto, muito bem escrito.