A PROATIVIDADE EM SEU HABITAT NATURAL
No mercado de trabalho nacional, a maioria das empresas, de grande, médio e pequeno porte. Ensinam culturalmente que os funcionários devem fazer “de tudo um pouco”, dando a entender que quem trabalha dessa forma, se mostrando um profissional mais proativo.
O conceito da ação sobre ser proativo é como uma arma mal utilizada, podendo gerar danos ao invés de ganhos ou benefícios. Para quem aplica a proatividade incorretamente, ou de quem exige erroneamente.
Mas então, o que é proatividade?
“Proatividade é a competência que impulsiona uma busca por mudanças de maneira espontânea, sem precisar de estímulos externos. Geralmente, as pessoas proativas têm uma boa visão de futuro, identificando necessidades e antecipando problemas, o que confere vantagens para sua equipe e empresa.” (UCPel - https://ead.ucpel.edu.br/blog/proatividade)
No Brasil, diferentemente dos países mais desenvolvido como os Estados Unidos da América, Alemanha, Inglaterra e entre outros.
Propaga-se uma cultura profissional, da qual, devem-se conhecer as atribuições da própria profissão e executar atividades que são de outros cargos profissionais. Gerando uma interseção nas atividades entre profissões. Causando uma confusão, mau uso dos recursos e desperdício das atribuições da qual se devem ser potencializadas, para obter maior qualidade e desempenho, em suas respectivas áreas de atuação profissionais.
De fato, esse erro, foi construído da seguinte forma:
Pegou-se uma ação comportamental psicológica boa, conceituou e denominou especificamente com o nome de proatividade. Identificada no continente europeu, na Alemanha. Trazida para o continente sul americano com a revolução da indústria, aplicada em uma base cultural que socialmente foi herdada pela construção de colonização do brasil. Com políticas, organizações, de povos geograficamente distantes, com outros problemas e realidades opostas de onde foi detectada a proatividade. Em resumo, isso significa que foi pegado algo bom de uma base cultural "X" e transferida para outra base cultural "Y", da qual o resultado dessa aplicação, gerou um produto diferente ao da essência original, tornando menos ineficiente.
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Não se deve construir uma casa nova, com proporções diferentes, sobre um alicerce distinto e antigo. Por mais que sofra adaptações, sempre haverá que sofrer uma melhoria, uma puxando a outra, um verdadeiro efeito dominó. Até concluir que, deve-se conviver com a deficiência ou desconstruir para construir novamente. Um processo que se repercutiria por gerações. Tornando a principal parcela da construção social dos tempos atuais.
A desvalorização anda junto com a Proatividade deficiente, quanto mais o profissional se divide entre as áreas de atuação, mais desfigurado e indistinguível se torna. Isso é possível enxergar nos processos seletivos, divulgados no próprio LinkedIn e em alguns sites de empregos.
Como por exemplo:
...”Procura-se Eletricistas que contenha o curso Técnico em Eletrotécnica”...
É óbvio que o recrutador quer pagar um Eletricista com a qualificação de um Técnico em Eletrotécnica. Completamente fora de contexto ético, sem generosidade, da qual desrespeitam as duas classes de profissionais.
Por anúncios como esses, já se deduz que a organização tem um conceito de proatividade deficiente, comete desvalorização profissional e que pode haver possíveis desvios de funções por atribuição de atividades extras. O mesmo acontece com os engenheiros nos cargos de administração das organizações, engenheiros não são administradores de empresas, amenos que sejam pós-graduados em gestão, preparados para o cargo, ou portem o diploma de graduação em administração de empresas. Deixando a função de engenheiro para exercer a sua profissão alternativa. Muitos se desfiguram profissionalmente, entre a administração e a engenharia, por atuarem na intercessão entre as áreas.
Portanto, a proatividade saudável é reflexa de uma companhia que valoriza, capacita, especializa e sincroniza todos com os objetivos definidos para o futuro. Através de excelentes líderes, excelente estrutura organizacional, setores bem definidos sem a sobreposição ou intercessão das áreas. Profissionais bem direcionados de acordo com a sua área de competência, tem mais chances serem melhores e eficientes, tornando a empresa onde trabalha, melhor.
A proatividade correta, só pode ser correta se estiver em seu habitat normal de aplicação. Caso contrário, se torna frustração e ineficiência.