Recuo da inflação ou normalização paliativa: planejamento é a chave.
Uma breve análise da inflação divulgada em 08/junho/2021.
De forma simples, a inflação representa o aumento dos preços de bens e serviços que implica na diminuição do poder de compra se a variação do salário, por exemplo, for menor que a inflação.
Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação está em um dos maiores patamares dos últimos anos. Causas como demanda e custos são fatores afetados claramente pelo avanço da recente pandemia da COVID-19.
Um detalhe importante é o necessário esforço político-econômico para ajustar os gastos do governo para não ultrapassar a inflação, conforme regra do teto de gastos criada em dezembro de 2016 pela Emenda Constitucional 95.
As discussões da recuperação econômica pós-pandemia sobre como a União irá ajustar seu orçamento há também um viés rígido: pelo congelamento dos gastos pelo período de vigência da emenda do teto supracitado.
O IPCA acumulado dos últimos 12 meses, até junho/2021, está em 8,35%. Embora a desaceleração de 0,30 pontos da taxa de junho (0,53%) comparado a maio (0,83%), ainda há uma tensão da alta porcentagem acumulada.
No ano, há um acumulado de 3,77%. Sob o olhar da população, o preço médio da cesta básica ficou em R$ 526,45, medida pelo Dieese. O equivalente a um comprometimento de 54,79% do salário mínimo líquido para a compra dos alimentos básicos por pessoa. A demanda no mercado por produtos substitutos está ganhando um protagonismo econômico na decisão de compra baseando poder aquisitivo X orçamento financeiro pessoal.
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Em 2021, segundo o Bacen, a meta para a inflação está na faixa de 3,75%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (2,25% a 5,25%).
Economistas projetam, hoje, uma alta dos preços até ao final do ano, chegando na faixa dos 6%, caindo para a faixa de 3 a 4% no ano de 2022, e uma leve queda posterior para os anos de 2023 e 2024.
Todavia, pelo aquecimento do mercado pós-pandemia, projeções positivas de especialistas abordam crescimento do PIB.
E você, quais estratégias estão sendo aplicadas em seus objetivos pessoais (padrão-qualidade de vida, aposentadoria, investimentos, etc.) e profissionais (aumento de receita, demanda reprimida, crescimento de market share, etc.) ?
Pense nisso ou a inflação será seu maior concorrente. Por que não torná-la um aliado ? Saiba jogar o jogo do mercado, inteligência e execução adaptativa é crucial para futuros resultados positivos. Planeje seus próximos passos e evite surpresas negativas - ou não relame depois da inércia.
Abraço.
Artur Albuquerque.
Analista Planejamento | Comercial/Vendas
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