RIR DA DESGRAÇA ALHEIA?
Caro leitor, você já analisou a natureza humana? Sim, porque acreditar que o ser humano é apenas bom ou mau por natureza talvez seja uma atitude muito simplista, pela complexidade da mente humana, de suas emoções e reações. Quanto mais penso no assunto, mais me convenço de que neste mundo as pessoas estão, realmente, em diferentes níveis de evolução!
O que me preocupa é ver o quanto as pessoas estão se deixando esvaziar de si mesmas e se permitindo manipular pela mídia. Se essa situação não for revertida imediatamente, logo será impossível a sobrevivência de indivíduos honestos e sensíveis!
Os racionalistas tanto criticaram as religiões, por julgarem-nas alienadoras, que acabaram fazendo pior ainda: criaram a mídia e dela se apoderaram para entorpecer a capacidade de julgamento e de opinião do povo, ao invés de utilizarem esse racionalismo para diminuir as injustiças sociais.
Você deve estar se perguntando em que ponto pretendo chegar com essa “enrolação” toda... Explico-me: fiquei tão indignada ao ver a mídia explorar a situação em que ficou a ex-senadora Heloísa Helena ao perder um pivô frontal superior, em plena gravação do “Opinião Nacional”, na TV Cultura, na última sexta-feira.
No jornal “O Estado de São Paulo”, publicaram a foto do instante em que o dente caía, chegando a destacar, com um círculo, a trajetória do dito cujo! Na internet, colocaram no YouTube e, como se não bastasse, divulgaram em e-mails para as pessoas verem. O ser humano é bom por natureza??? Duvido...
Que tipo de profissional é esse que faz do infortúnio de seus semelhantes um trampolim para a fama? Heloísa, se eu fosse você, aproveitaria par mostrar, naquela hora, a realidade do povo brasileiro... mal alimentado, sem assistência médica e dentária gratuitas e de qualidade, sempre que necessário... Aproveitaria para dizer que poucos conseguem pagar dentista e médico hoje, pois os valores de muitos procedimentos é bem maior do que um ano todo do parco salário do trabalhador... Da próxima vez, Heloísa – espero que não haja, claro! – pense nisso. Aproveite para fazer todas as denúncias que precisam ser feitas.
E mostre também que aqueles senhores deputados ou senadores que têm o visual “politicamente correto”, trazem em seu interior um fétido esgoto de falcatruas e corrupção! Revele a ignorância do brasileiro, Heloísa! Revele as máscaras que as pessoas são obrigadas a usar, hoje!
O amigo leitor já deve ter observado que a juventude atual se acostumou a ter como modelo esses “zumbis” padronizados na TV e por este motivo deve pensar que todos têm a obrigação de entrar nesse esquema, de virar bonecos, manequins perfeitos e assexuados, caso contrário estarão fora do padrão de beleza, e, por isso, irão ficar marginalizados. Daí a tamanha incidência de drogas, violência, bulimia, bullying, toda nova nomenclatura que se pode inventar para antigos problemas humanos...
Enfim, a você, Heloísa, minha admiração, pois é nessas horas de fragilidade humana que as pessoas mostram onde estão seus valores e qual o seu verdadeiro caráter!
HUMANO, CRIATURA INSIGNIFICANTE!
Acaso não sabes, ó homem,
que serás pó apenas, no final?
Acaso ignoras, ou então escondes ,
que transpiras, e teu suor cheira mal?
E que para viver
Tens que urinar e defecar,
Com pior odor de ti a exalar?
Ignoras, porventura, que os vermes
teus olhos crus devorarão?
E naquela massa inerme
Tu serás tão somente solidão?
Podes a ti mesmo enganar,
Mas a única verdade, no final,
É que estás a caminhar
Para a homogeneidade retornar!
Acaso sabes que és um
Com o bêbado, com o pobre,
Com o trabalhador comum?
Acaso te julgas nobre?
Se hoje driblas as aparências
E enganas o tempo,
Não te iludas:
Da podridão virá o momento!
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SER HUMANO
Hoje é mau ser humano
Pior, às vezes, do que um animal!
Ser cão! Comer, dormir,
Brincar, correr , latir...
Amar sempre o dono,
Mesmo no abandono...
Ser humano hoje é ser fel
Destilado aos poucos,
É fazer ouvidos moucos,
Ao grito do miserável!
Ser humano é ser sarcástico
Rir da alheia desgraça,
Espalhá-la aos quatro ventos
Fofocar sempre de graça...
Ser cão! Ter olhar amoroso,
Receber o homem sem maldade
Ao menor afago caloroso,
Abanar a cauda de felicidade!
Ser homem! Ser mesquinho...
Para o outro armadilhas arquitetar
Falar mal de seu vizinho,
Incapaz da bondade propagar!
Duvidas?! Vê a televisão,
Lê os jornais, cruza o virtual...
Roubo, mortes, atropelamentos...
A fraternidade não é mais normal
Com a modernidade qual furacão,
Ela rolou no esquecimento geral!
Homem! Ser insignificante!
Tua vida, no infinito, é um instante...
Se desejas existir de verdade,
Ajuda a construir a nova Humanidade!