Será mesmo verdade que aprendemos mais na dor?
Nos últimos anos tenho analisado melhor a relação líder e liderado, muitas das vezes uma relação baseada mais no medo do que no respeito.
Por esse motivo, muitas vezes o liderado por receio não consegue expor tudo que sente ou pensa e para não ter problemas com o líder, atua numa representação constante de “esta tudo bem”, quando na verdade não está.
Quando converso com pessoas que passaram por isso, muitas das vezes eu ouço: _ ah, aprendi na dor né? mas aprendi tanto também. Como se diante da dor tivesse que justificar porque ficou ou quais foram os “ganhos” desta relação dolorosa.
O que comecei a notar, que de tanto representar que está tudo bem, mesmo não estando, a pessoa que sofre, não percebe que ela não está só "aprendendo" na dor, ela não percebe muitas vezes as consequências desta relação, que muitas vezes de maneira oculta, gera ansiedade, insônia, irritação, em alguns casos crises de pânico, doenças psicossomáticas e por fim, uso de remédio controlado.
Tudo isso com danos direto ao organismo do usuário e portanto, sim, com impactos na vida e carreira do profissional.
Difícil o ambiente de trabalho que não tem pressão e cobrança por resultados, a questão é quando isso se torna abusivo e então para dar conta, o profissional passa a fazer uso de medicação para controlar suas crises
Este líder abusador que, deveria ter o olhar não só no resultado, em metas e rotina, mas também no cuidado da sua equipe perde com isso o engajamento, a produtividade, a capacidade de ter gente propondo novas ideias e criando em sua equipe devido a sua postura. Portanto, não normalizem pessoas doentes, que muitas vezes todos sabem que vive à base de medicação e está sorrindo pelos corredores, mas no fundo sofre por excesso de abusos de sua liderança.
Vamos praticar mais a escuta, conversar e se preocupar sinceramente com a dor do outro.
Recursos Humanos | Futura Psicóloga
3 aParabéns Excelente artigo, disse tudo, existe uma cobrança muito forte por resultado a qualquer custo, e desvalorização da qualidade de vida e saúde mental do colaborador. São pouquíssimas as empresas que praticam o que pregam em mídias. E ao mesmo tempo o colaborador não se sente à vontade para falar sobre como funciona e o que sente, acredito ser por conta da hierarquia que ainda é muito forte, mas acredito que estamos caminhando para uma relação de mais parceria entre colaborador e empresa e aprender menos na dor.
Gestão de Projetos, Governança, Processos, Melhoria Continua, Black Belt, Planejamento Estrategico
3 aMaravilhoso Ana👏🏽👏🏽
Executivo de Operações - Diretor - Mestre em Engenharia Aeronáutica e Safety - Especialista em Operações e Infraestrutura Aeroportuária
3 aParabéns pela reflexão Ana Eliza Figueiredo Pinto. Com certeza, a relação "Líder/Liderado" por pressão é muito prejudicial para ambos. No curto prazo até que funciona, mas no longo... Muito a respeito disso tem no livro chamado "The Infinite Game", de Simon Sinek. Recomendo a todos.
Analista Gente e Gestão Jr| BH Airport
3 aParabéns! Ótimo artigo, conteúdo leve e que traz verdades. Agente cresce na dor, mas é muito mais saudável e prazeroso crescer no amor e na empatia!