Será que a Quarta Revolução Industrial fará a sua empresa desaparecer?
Ao longo da história, as mudanças tecnológicas causaram o desaparecimento de milhares de empresas cujos produtos ou serviços poderiam ser substituídos. Agora, com a chegada da quarta revolução industrial, você, como empresário deve se perguntar: "Será que a minha empresa poderá desaparecer?"
A primeira revolução industrial foi a mudança da produção manual para a mecanizada, entre 1700 e 1800; a segunda trouxe a eletricidade, que permitiu a fabricação em grande escala, isso por volta de 1850, e a terceira revolução foi no final século XX, com a chegada da eletrônica, tecnologia da informação e avanço nas telecomunicações.
A quarta revolução significará a automatização dos objetos (Internet das Coisas), robotização dos processos produtivos, a inteligência artificial e principalmente o oferecimento de uma experiência surpreendente para o consumidor.
Estamos à beira de uma revolução tecnológica que mudará fundamentalmente a maneira como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos, em sua escala, escopo e complexidade. Esta transformação será diferente de qualquer coisa que a raça humana tenha experimentado antes, com isso, podemos até dizer que esta revolução poderá ser considerada como uma Revolução Humana cujo foco será a educação, para que todos conheçam as novas tecnologias e novos processos, e cultural, para que todos estejam mais propensos à inovação e à velocidade das mudanças.
Para alguns será um desafio, pois como decorrência dela mais de 5 milhões de postos de trabalho poderão ser eliminados em todo o mundo até 2030. Segundo o pesquisador da Universidade de Oxford, Carl Frey: "Nenhuma indústria ou ocupação é imune à automação. No passado, isso estava restrito a atividades repetitivas. Agora, há um imenso volume de dados sendo gerados. A tecnologia de computação se sofisticou. Equipamentos eletrônicos usados na robótica estão melhores e mais baratos". Entretanto, Frey também argumenta que:
"Habilidades como originalidade e inteligência social são características difíceis de se automatizar".
Quanto mais características deste tipo uma tarefa exigir e quanto mais complexa ela for em termos de percepção sensorial e manipulação de objetos físicos, menor será a chance de ser executada por um computador nas próximas décadas.
A maioria das grandes organizações ainda acha que o mundo levará muito tempo para mudar, e justamente por isso não se adaptam às mudanças tecnológicas e não buscam inovar no seu setor, e por isso há uma grande probabilidade de elas desaparecerem.
Por outro lado, existem organizações que estão dobrando suas capacidades a cada 5 a 24 meses, desencadeando mudanças disruptivas nos seus setores de atuação. Estas companhias também são conhecidas como Organizações Exponenciais, e para uma empresa sobreviver, está na hora de se tornar exponencial.
Porém, ser exponencial não significa apenas fazer parte do mundo digital. Um erro comum entre as empresas que querem ser inovadoras é acreditar que, ao ter uma plataforma on-line e presença nas redes sociais, seja o suficiente para evoluir. Mas ser exponencial vai muito além, significa ser diferente em termos de estratégia, informação, estrutura, cultura, processos, operações, sistemas, pessoal e dos principais indicadores de desempenho.
Afinal, a tecnologia não muda o ser humano, mas sim a forma com que ele deve se comunicar, para tanto, será muito importante que as empresas formem equipes multidisciplinares com criação de papeis diferentes e adotando modelos de coordenação, colaboração e interdependência entre os colegas. Isso porque, as soluções para funcionarem, dependerão cada vez mais de várias pessoas pensando nelas, deixando de ser algo que funcione graças à inteligência de uma única pessoa.
Portanto, cada um de nós deve fazer parte desta incrível revolução, promovendo, de fato, em nós mesmos a mudança exponencial esperada, para que não caiamos no esquecimento.
Sucesso!!