Sobre o fomento à Indústria 4.0

Sobre o fomento à Indústria 4.0

Muito se fala sobre a indústria 4.0. Queria então comentar sobre este tema tão importante para a nossa indústria, no sentido de torná-la mais competitiva a nível mundial. Isto é de fato bastante estratégico na era da globalização.

A indústria passou pela primeira revolução quando adotou as máquinas a vapor, que substituíram a força física tanto do ser humano quanto de animais, para o funcionamento do maquinário. Isto aconteceu no final do século XVIII.

A segunda revolução industrial se deu praticamente um século depois, com a chegada principalmente da eletricidade nas plantas da época. Vieram por consequência a adoção da escala por meio dos motores e linhas de montagem mais otimizadas.

A terceira revolução se deu basicamente após o final da segunda grande guerra, e também com o início da exploração espacial. Automação, miniaturização e a computação foram instrumentos importantes para este setor econômico, principalmente com a queda dos preços para a sua aquisição.

Por fim chegamos aos dias atuais, nos quais vivenciamos a quarta era da indústria. Estamos presenciando uma quantidade cada vez maior de novas tecnologias que tem o potencial de alterar a indústria de modo exponencial. Podemos citar simulação, computação em nuvem, manufatura aditiva, realidade aumentada, big data e principalmente inteligência artificial.

O uso destas tecnologias tem o potencial de melhorar o desempenho da indústria em diversos pontos de seus processos. Alguns exemplos podem ser melhor uniformização dos produtos, redução de desperdícios de insumos, aumento da eficiência energética, redução de custos operacionais, novos materiais, cadeias logísticas mais sustentáveis, dentre outros. Diversos experimentos ao redor do planeta sugerem que este aumento da competitividade será cada vez mais necessário para a conquista de novos mercados. Em outras palavras, parece que só existe uma possibilidade: adotá-las. E rápido.

Não é à toa que boa parte dos países mais avançados, e coloco o Brasil neste grupo, estão desenvolvendo programas para colocar as suas economias em sintonia com estas tecnologias. Cito não apenas diversos relatórios amplamente disponíveis na internet, como por exemplo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mas também com acesso a recursos financeiros para investimento em bens de capital. 

Outra forma, talvez ainda mais robusta para o futuro de nossa sociedade, é o desenvolvimento de tecnologia nacional nesta área. Com uma análise baseada nos níveis de maturidade tecnológica (do inglês TRL), a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) lançou recentemente um edital de subvenção econômica para esta finalidade. Estou lentamente me convencendo que a estratégia por trás deste edital é o desenvolvimento de conhecimentos básicos para a nova era, a era exponencial.

É com muita satisfação que estamos submetendo um projeto na área de manutenção industrial, com foco nas pequenas e médias empresas de nosso imenso país. Estamos criando uma spin-off a partir de uma empresa de prestação de serviços na área de manutenção e lubrificação que atua a mais de 20 anos no mercado. É a versão digital neste ramos de atividade.


Entre para ver ou adicionar um comentário

Outros artigos de Thomas de Araujo Buck

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos