Termômetro e bússola corporativa: por que aderir à pesquisa de clima organizacional?
Imagine que 75% da equipe de manutenção de uma indústria não queira continuar na empresa no próximo ano. Ou ainda, que 67% dos colaboradores não sinta orgulho em trabalhar ali. Agora pasme: existe um percentual de 62% de pessoas que aceitaria receber um pouco menos se tivesse um líder mais preparado para estar no cargo que ocupa. Estes são dados reais por trás de elevados níveis de insatisfação.
Agora me responda sinceramente: sem analisar os dados acima, você tomaria as medidas mais eficazes, se tivesse que reduzir os índices de absenteísmo, de rotatividade e elevar o engajamento e a satisfação destas equipes? Talvez não e é fácil entender o porquê.
Tentar fazer uma leitura eficaz sobre a dinâmica interna de uma organização exige uma ferramenta de diagnóstico apropriada. A abertura para a comunicação e a escuta ativa são indispensáveis, contudo, o entendimento sobre a realidade organizacional exige mecanismos mais aprofundados que levem em conta uma amostra realmente representativa dos colaboradores ou até mesmo a consideração do público interno quase em sua totalidade.
Considere, então, a pesquisa de clima organizacional uma ferramenta bastante eficaz neste contexto. Ela se inicia com o levantamento dos indicadores que serão investigados durante o processo, como se estivéssemos em uma fase qualitativa.
Só a partir daí que o questionário é elaborado, de forma personalizada à realidade investigada. Com a sua aplicação, entramos na fase quantitativa e para a sua eficácia é imprescindível que a empresa forneça a garantia de anonimato aos respondentes. Portanto, formulários eletrônicos respondidos do computador de trabalho ou que requeiram login em um sistema interno não atendem bem a este critério, uma vez que trazem aos colaboradores a sensação de que serão identificados, embora, este não seja o objetivo.
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A análise dos dados, após tomados estes cuidados, resultará em um relatório que permitirá à organização visualizar os indicadores internos que necessitam de intervenção prioritária. Alguns exemplos são: condições de trabalho, remuneração e benefícios, trabalho em equipe, liderança, comunicação, motivação, cultura organizacional, entre outros.
A pesquisa não se encerra em si. Pelo contrário, é uma ferramenta de diagnóstico que não só te diz que você precisa agir, mas aponta por onde você deve começar.
Caros gestores, uma remuneração justa e compatível com o mercado é importante, todavia, o salário não é prioridade sempre, sobretudo, para uma geração cada vez mais focada na qualidade de vida. Acredite: sua equipe pode estar mais insatisfeita com os conflitos internos ou com a falta de acompanhamento na comunicação que gera retrabalho.
Que tal levantar a sua realidade? Eu lhe garanto: você tomará decisões bem mais estratégicas e não cometerá o equívoco, por exemplo, de investir em uma palestra motivacional, quando, na verdade, precisa tratar os efeitos de uma liderança tóxica.