VACINA CHINESA


O conflito em torno da vacina chinesa põe de um lado uma frente de governadores e de outro Bolsonaro e o governo Donald Trump, que enviou o chefe do Conselho de Segurança para coibir a compra da vacina.

O jornalismo trata o conflito como um problema eleitoral 2022. Dória estaria usando a vacina para se tornar o antagonista de Bolsonaro. O jornalismo não trata seriamente o que está, realmente, na lógica do conteúdo empírico do confronto.

A vacina é um artefato da história econômica da construção de uma nova ordem econômica mundial - com características asiáticas. São Paulo ainda é o estado mais industrializado do país e com uma economia de commodities industrial que abastece o mercado chinês. Agora, São Paulo quer aprofundar a ligação com a economia chinesa que pode ir do 5G à instalação de uma plataforma industrial de veículos elétricos. É tudo na mais perfeita ordem capitalista.

Se Dória se transformar no JK paulista asiático, ele estará de posse de uma utopia econômica capaz de retirar o Brasil da situação de um subdesenvolvimento crônico? Alertado pelos americanos, Bolsonaro assume a posição de defensor de um capitalismo subdesenvolvido na órbita periférica da geopolítica capitalista americana.

A China tem uma geopolítica capitalista para retirar os grandes países emergentes do subdesenvolvimento, ao contrário dos Estados Unidos. A frente de govenadores já entendeu a natureza da geopolítica capitalista asiática.

O modelo chinês combina capitalismo corporativo político com capitalismo corporativo privado ocidental, da Coréia do Sul, do Japão etc. A empresa privada tem um lugar especial reservado na história capitalista chinesa.

O modelo capitalista asiático é a base da construção do capitalismo pandêmico da nova ordem econômica mundial.

O Brasil é um país muito confuso no campo da representação no qual domina o jornalismo. Pode-se sair dessa camisa-de-onze-varas.

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