Vivendo com Inteligência Emocional

Vivendo com Inteligência Emocional

Aqui é o Tamer e, no artigo de hoje, quero compartilhar com você, resumidamente, o que é Viver com Inteligência Emocional.

 

Vou falar sobre o que são as emoções, quais são as emoções básicas do ser humano, qual a função das emoções e como são criadas as emoções.

Além disso, o que é viver com inteligência emocional, na minha percepção e porque viver com inteligência emocional. Vou finalizar deixando dicas para você aplicar na sua vida e ter inteligência emocional.

 

“Emoções são estados de estar, não de ser” – Valter TAMER

 

O que é Inteligência Emocional?

É a capacidade de gerenciar as emoções. Na verdade, ninguém gerencia as emoções, gerencia o que faz com as emoções.

 

E o que são as emoções?

São reações automáticas do corpo a um fato, a um evento, as emoções são respostas frente às circunstâncias e são estados observáveis e transitórios. Então, as emoções são transitórias, são passageiras e são observáveis, isso é muito importante.

Significa que estar com ansiedade não faz de você uma pessoa ansiosa, significa que estar com medo não faz de você uma pessoa medrosa, estar está deprimido não faz de você uma pessoa depressa e estar alegre não faz de você uma pessoa alegre.

 

Segundo a ciência, são 4 as emoções básicas do ser humano. Na verdade, esse estudo começou com 6 emoções, as chamadas ‘big six’ e, a partir de um estudo feito pelo pela Universidade de Glasgow, em fevereiro de 2014, essas emoções foram resumidas em 4 emoções básicas: medo, raiva, tristeza e alegria.

Então, as emoções básicas são medo, raiva, tristeza e alegria.

 

Qual a função das emoções?

Regular os comportamentos do ser humano para que ele haja rapidamente, sempre que necessário, diante de uma situação necessária.

Isto é, a função das emoções básicas é garantir a nossa sobrevivência, é assegurar que nós sobrevivamos.

 

E, como é que essa função é realizada?

As emoções registram no nosso corpo uma série de informações, a partir das nossas sensações, e cada pessoa codifica essas informações de forma diferente.

Emoção vem do latim ‘emovere’ que significa mover para fora. Então, quando a gente fala das emoções básicas, elas são energia, elas produzem em nós uma energia, e o ser humano é uma energia, e essa energia é um movimento, puro movimento.

Essa energia pode ser dinâmica, pode ser um movimento dinâmico e pode ser um movimento estático.

As emoções básicas dão origem a todas as outras emoções, quais sejam segurança, impaciência, intolerância, fraqueza, essas coisas todas são derivadas, são manifestações diferentes das emoções básicas.

 

Então, o medo, por exemplo, é uma emoção dinâmica ou estática?

Às vezes dinâmica, às vezes estática.

 

A raiva é uma emoção dinâmica ou estática?

É uma emoção dinâmica, uma pessoa com raiva não está em estado de apatia, uma pessoa com raiva tem uma energia muito forte e que a faz entrar em movimento.

A tristeza é uma emoção estática e alegria também é uma emoção dinâmica, ninguém fica alegre e apática, em geral as pessoas alegres estão eufóricas.

 

Reforçando, as emoções têm um movimento, digamos assim, como o próprio nome já diz, e esse movimento é dinâmico ou estático.

Como tudo que se refere ao ser humano, as emoções têm um lado positivo e negativo, têm um lado sombra e um lado luz.

O lado positivo é a nossa sobrevivência, a nossa preservação, a nossa proteção, a nossa autoproteção. O negativo é a paralisação, é paralisar você diante de uma situação que você deveria agir ou esculhambar de vez a situação.

Então, por exemplo, se o medo impede a pessoa de mergulhar no rio porque ela não sabe nadar, esse medo é bom, obviamente. Agora, se o medo impede a pessoa de se relacionar com outra pessoa porque ela tem medo de dar errado, esse medo é negativo, obviamente, é ruim, produz um resultado diferente daquele que deveria produzir.

 

E como são criadas as emoções?

Na maioria das vezes, as emoções não nascem com a gente, com exceção das quatro básicas, as emoções não são inatas, elas vão sendo aprendidas, vão sendo criadas ao longo da vida, isto é, as emoções são programações neurológicas.

 

E como é que nós fazemos essas programações, Tamer?

Dando o nosso próprio significado, ou sentido às coisas, às experiências. Então, por exemplo, seu pai é um homem bravo, vive coagindo você, então você tem medo dele, e aí você tem problemas para lidar com pessoas de autoridade. Ou você se paralisa ou você fica descompensado diante delas.

Outro exemplo, é quando você descobre que foi traído pelo seu melhor amigo e você diz para si mesmo ‘Eu sou um pobre coitado, descobri que fui traído pela pessoa em que eu mais confiava’. Este é um significado. Mas você poderia dizer também ‘Sou um abençoado mesmo, descobri que fui traído pela pessoa que eu mais confiava, foi um grande livramento, imagina se eu não tivesse descoberto isso’.

Terceiro exemplo, você está viajando de carro com a família, durante uma viagem de férias, e aí você sofre um acidente, sem vítimas, e você diz para si mesmo ‘Poxa, sou um azarado mesmo, porque estou viajando com a família e vem um arrombado desse bate no meu carro’. Outra forma de dizer, seria ‘Eu sou abençoado, eu sou uma pessoa de muita sorte porque veio alguém, bateu no meu carro e ninguém se machucou. Ao invés de eu estar tendo esse problema, esse transtorno de ir para oficina, de ter essa despesa, eu poderia estar indo para o cemitério’.

 

Então, isso significa que é você que dá os significados, que as emoções são programações e, se eu programei, eu desprogramo e reprogramo. Se eu criei, eu recrio, e é absolutamente normal. 

 

Você pode me dizer ‘Ah, mas é difícil!’.

Claro, se fosse fácil, todas as pessoas fariam. Mas, o que você precisa entender é que, assim como você cria, você pode recriar. Você não nasceu pronto, não nasceu pronta, você está num processo contínuo de construção consciente ou inconsciente.

 

“As emoções são construídas através da nossa representação interna e pelo significado que damos às coisas” - Valter TAMER

 

O que é viver com inteligência emocional?

É conseguir identificar, compreender e gerenciar os seus processos emocionais, isto é viver com inteligência emocional

 

E, por que é que isso é importante? Por que devo viver com inteligência emocional?

Porque, quando você não tem consciência das suas emoções, de como elas funcionam, de como você reage ou age a elas, você corre o risco de ferir a si mesmo, ferir as outras pessoas ou ser manipulado.

Então, por exemplo, você está diante de uma situação que precisa agir e se paralisa, você entra no movimento estático, quando deveria agir.

Ou alguma coisa te irrita e aí você parte para a briga, seja em que circunstância for, seja com quem for, é um movimento dinâmico, mas é uma dinâmica errada. Você tem um marido manipulador, ou uma mulher manipuladora que sabe que você é uma pessoa sensível ao medo, propensa ao medo, e essa pessoa te manipula porque sabe que você tem medo de que a relação acabe.

Ou você tem um líder, um supervisor que percebe que você é uma pessoa sensível ao medo e te manipula porque sabe que você tem medo de perder o emprego.

 

Então, todas essas coisas são possíveis quando você não tem inteligência emocional, quando você não vive com a inteligência emocional, por isso que é importante.

A inteligência emocional é o primeiro passo para você ter a liberdade de ser quem é, de viver sua vida da maneira com que deseja, e viver plenamente seus relacionamentos. Porque, afinal de contas, são as emoções que norteiam, que regulam também as nossas relações.

 

Dicas para ter inteligência emocional:

  1. Reconheça as suas emoções.

Como é que você faz isso?

Sentido as emoções, permitindo-se sentir. Não adianta você negar as emoções, nem tão pouco se fazer de vítima, se considerar vítima delas porque é você que as cria, na verdade, conscientemente ou não.

Então, você precisa entrar em contato com as suas emoções, permitir-se senti-las para então compreendê-las. E você só vai conseguir fazer isso se não as racionalizar e se não as negar. Você precisa sentir verdadeiramente, perceber as suas emoções.

 2. Sempre que sentir uma emoção limitantes, se pergunte: por que é que eu estou sentindo isso?

De novo, se você tiver qualquer dificuldade de compreensão disso, pergunte para o seu corpo, perceba o seu corpo, porque o seu corpo está impregnado de informação, as sensações do seu corpo estão impregnadas de informação, como eu disse no início.

 3.     Pergunte-se de onde vem esta emoção.

Se ela está no passado, se ela está no presente ou se está no futuro. Por exemplo, uma pessoa que tem depressão, certamente essa emoção está no passado, está ligado a algo do passado. Se você tem ansiedade, está ligada a algo do futuro. Mas pode ser que esteja acontecendo alguma coisa no presente que esteja mexendo com você, desalinhando você.

 4.     Ressignifique a sua emoção.

É importante você dar um novo significado. O que que é ressignificar? Significar de novo. O que é reconhecer? Conhecer de novo.

Ressignificar significa dar um novo significado. As emoções geram padrões de comportamento repetitivos e automáticos que produzem uma gratificação momentânea. Então, você tem sempre a mesma reação diante de uma mesma circunstância. Por exemplo, você tem um filho que vive fazendo bobagem, aí você perde a paciência, briga com o seu filho. Aquilo traz uma gratificação imediata emocional para você.


Então, sempre que ele faz uma bobagem, que você briga, você tem aquela gratificação, e aí você reforça este comportamento, você instala esse comportamento. Você pode trocar essa impaciência, que é fruto da raiva, que é uma manifestação da raiva por tolerância. Como? Se dando conta de que o seu filho é uma criança, sua filha é uma criança e este é o momento de fazer uma bobagem, esta é a hora dessa criança fazer isso. Imagina um adulto fazendo bobagem, é muito pior, não é a hora certa, não é na fase adulta é na infância que se faz bobagem. Então, no momento em que você percebe isso, você se dá conta e aí você já muda a emoção frente àquela situação. Ou é só você pensar, você se dar conta da emoção que vai sentir depois que você briga com a criança, que pode ser uma emoção de culpa, de tristeza, de decepção, de frustração. E, se dando conta disso, você ressignifica esta emoção.

 

É muito importante você exercitar, isto é autodesenvolvimento, ressignificar é autodesenvolvimento, é uma característica da comunicação interpessoal. Perceber as emoções é a autoconhecimento, é auto percepção, é comunicação intrapessoal, comunicação com você mesmo.

 

Autodesenvolvimento é comunicação com outro e a ressignificação é um processo da comunicação intrapessoal, é quando você diz para você algo que precisa ser dito, da maneira certa, dando um significado certo àquilo que está sendo dito para, depois, você se posicionar corretamente em relação à outra pessoa, em relação à pessoas do seu relacionamento, em relação a pessoa que está fora, a comunicação interpessoal.

 

E você precisa treinar. Porque, quanto mais você treina, novas conexões neurológicas você cria, novos caminhos neurológicos você cria, e passa, então, a funcionar diferente e mudar o seu comportamento.

 

“Cada indivíduo é uma construção de si mesmo” - Valter TAMER

 

Eu quero finalizar o tema de hoje agradecendo novamente a você pela companhia, pela confiança, por me acompanhar nas redes e por compartilhar os meus conteúdos, juntos conseguimos atingir mais corações e mentes e elevamos o nível de consciência das pessoas e da sociedade.

 

Então esse é o meu recado para você hoje.

 Grande 4braço,

  

Valter TAMER

 

 


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