Viver o hoje e olhar o amanhã. Preparado para o próximo passo?

Isolados ou não. Com atividades paralisadas ou não. A nossa rotina, em todos os seus aspectos – casa, escola, trabalho, família, lazer – mudou. E mudou compulsoriamente. Alguns em maior grau, outro em menor. Alguns tentando se informar e entender. Outros tentando negar. Mas, todos afetados.

Precisaremos, no entanto, dar o próximo passo. Mas, para onde?

Um dia chegou em minhas mãos um livro aparentemente simples. Aparentemente. Em seus textos curtos expansivos conceitos eram guardados. E, muitas reflexões eram propostas a partir da leitura de cada uma das palavras. Lembrei-me dele hoje. Compartilho alguns trechos.

“A terra, sob a pressão do arado, rasga-se e dilacera-se, no entanto, a breve tempos, de suas leiras retificadoras brotam flores e frutos deliciosos (...) A árvore, em regime de poda, perde vastas reservas de seiva, desnutrindo-se e afeando-se, todavia, em semanas rápidas, cobre-se de nova robustez, habilitando-se à beleza e à fartura.”

E por fim, registra...

“A reprimenda é sempre rude, desagradável, amargurosa, mas, naqueles que aceitam a luz, resulta sempre em frutos abençoados de experiência, conhecimento, compreensão e justiça”.

Agora estamos vivendo o momento das incertezas. As decisões são diárias a partir de parâmetros inconstantes e inconsistentes, todos com prazo de validade vencidos a partir do próximo boletim. Erros e acertos nunca conviveram tão próximos no cotidiano. Teorias econômicas, políticas, sociológicas e religiosas estão em pleno processo de atualização e revisão.

Precisaremos, no entanto, dar o próximo passo. Para isso, precisaremos olhar o ontem e entender que as muitas referências acumuladas podem ter perdido o senso da realidade. Deverão ser descartadas em breve. A criatividade guardada, somada à ousadia trancada e ao trabalho coletivo, nesse momento, são os indicadores do caminho.

Fonte imagem: revistapegn.globo.com

Fonte citação: Xavier, Chico. A fonte da vida.