Você teria problemas em contratar um candidato que seja 30% conhecimento e 70% paixão?
Contratar por Atitude e Treinar as Habilidades são novas tendências?
Nos últimos seis meses lendo, estudando e presenciando o clima de algumas culturas organizacionais penso que realmente haja formas mais eficientes de se construir um ambiente de trabalho diferenciado contratando pela atitude e treinando as habilidades necessárias. Em um momento tão dinâmico deste século, com processos de fusões e aquisições em alta, foco do cliente, agilidade e inovação devem ser revistos de forma contínua entre gestores e suas equipes. Adequar as competências individuais da pessoa às necessidades da empresa é um dos grandes desafios.
Embora o recrutamento interno tenha a possibilidade de aproveitar os funcionários que já trabalham na empresa, levando oportunidade e crescimento, o recrutamento externo também tem suas vantagens, principalmente no que se refere a renovação de ideias. Mas quais renovações as organizações realmente buscam? Quais as consequências para as organizações terem colaboradores com as habilidades certas, mas com a atitude errada?
Em um artigo não tão recente da Havard Business Review, Bill Taylor retratou muito bem, em 2011, como algumas empresas perceberam que encontrar as pessoas certas para suas organizações levou-as por uma mudança cultural interna e que, ao recrutar por atitudes e treinar as habilidades, conseguiram construir uma cultura corporativa única e altamente eficaz ao focarem no tipo de pessoas contratadas.
Estas organizações acreditam que um dos maiores desafios que enfrentam é preencher suas vagas com executivos e colaboradores da linha de frente cujos valores pessoais estão em sincronia com os valores que fazem a organização funcionar. Como resultado, elas acreditam que a personalidade conta mais do que o currículo (não desmerecendo as qualificações técnicas).
Um destes exemplos, acrescenta Taylor, é um banco de varejo que ao recrutar seus funcionários, faz questão de "não" olhar para seus concorrentes como uma fonte de talentos. "Se você deseja renovar e energizar um setor, não contrate pessoas desse setor. Você precisa treina-los e treina-los novamente."
Outro exemplo é de uma empresa aérea que segundo palavras de seu executivo de RH: "preferimos ter uma mente ansiosa, faminta e orientada para o cliente e moldá-la para o que funciona bem na empresa, do que tentar mudar os hábitos de alguém", diz ele.
Será que esta é uma nova metodologia eficaz para inovação e uma nova maneira de se contratar?