Barreiras à execução da estratégia

Barreiras à execução da estratégia

Estrategicamente, para se manter no mercado, as organizações buscam um diferencial competitivo e um processo de execução eficiente pode ser o gerador desse fator. No entanto, na prática, o que se tem verificado é que a maioria das organizações não conseguem transformar os objetivos em resultados. O que se percebe, em muitos casos, é um enorme gap entre o que foi planejado e o resultado. As barreiras enfrentadas no processo de execução são a grande lacuna para a explicação de tanto insucesso.

Para Higgins, (2005), dentre os obstáculos enfrentados está o desalinhamento entre as unidades operacionais. Quando uma organização não caminha juntamente com suas unidades de negócios, a execução da estratégia se vê diante de inúmeros obstáculos, que podem tornar o resultado muito abaixo do esperado.

Visando identificar os fatores da elevada taxa de insucesso na execução da estratégia, DeLisi (2000) investigou os aspectos que poderiam estar contribuindo para tanto insucesso. Vários fatores foram identificados como possíveis causadores da ineficácia no processo de execução. São eles:

a) A estratégia não é atualizada: as condições mudam com o tempo, e nenhum esforço é destinado a atualizá-la.

b) Falta de compromisso dos indivíduos com o plano: o não envolvimento das pessoas na criação da estratégia faz com que elas não se sintam comprometidas com ele.

c) Comunicação ineficaz: a estratégia não é comunicada a todos os times de forma clara e objetiva.

d) Falta de recompensas pela execução: carência de incentivos atrelados aos resultados. Menos de 60% das empresas amarram incentivos aos resultados, conforme um artigo publicado na revista Estratégia e Liderança, em 1999.

e) Ineficiência no controle do processo de execução: ele não é medido e nem acompanhado. Logo, a organização não possui dados para atualizar a estratégia em caso de necessidade.

f) Falta de responsabilidade pela execução: os envolvidos não prestam contas pela execução de suas responsabilidades. Também não são responsabilizados pelo processo caso fiquem aquém do ideal.

 Diversas são as barreiras à execução. Por isso, a importância das organizações se aterem na avaliação de seus processos a fim de assegurar que a estratégia previamente estabelecida tenha chances de sucesso. 

Referências

HIGGINS, J.M. The Eight S’s of successful strategy execution. Journal of Change Management, 5(1):3-13, Mar. 2005.

DELISI, P. Strategy execution: the next major "point of inflection". [S.l.], 2000. Disponível em: http://citeseerx.ist.psu.edu/ viewdoc/summary?do i=10.1.1.201. 301>.

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