Burnout: O Grito Silenciado das Mulheres nas Empresas
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Burnout: O Grito Silenciado das Mulheres nas Empresas

No Dia Internacional da Mulher, eu e Ana Cláudia Rodrigues Carvalho, unidas por experiências profissionais dolorosamente semelhantes, queremos compartilhar uma reflexão importante sobre a saúde mental no ambiente de trabalho, especialmente para as mulheres. A nossa jornada é um alerta e um chamado à conscientização sobre como, muitas vezes, as mulheres são particularmente vulneráveis a lideranças tóxicas, assédio, e uma cultura corporativa pautada no medo. Com o post anterior da Ana alcançando quase 1 milhão de pessoas, fica claro o poder da união e do apoio mútuo. Por isso, convidamos a todos a se juntarem a nós nesta jornada de conscientização e mudança, promovendo um ambiente de trabalho mais saudável e equitativo para todos.

 

A vulnerabilidade das mulheres nesses ambientes é exacerbada por uma série de fatores. Culturalmente, muitas foram ensinadas a serem complacentes e resilientes, absorvendo silenciosamente o estresse e a sobrecarga sem reclamar. Isso é ainda mais acentuado em ambientes profissionais onde a liderança despreparada e as práticas abusivas são normalizadas. Nós Anas vivenciamos de perto como a dificuldade de estabelecer limites e a relutância em pedir ajuda podem levar a um estado de exaustão total — o burnout.

 

Em muitos casos, essa disposição para se sobrecarregar e aceitar condições de trabalho inaceitáveis surge da pressão para provar valor e competência, um fardo desproporcionalmente pesado aos ombros das mulheres. Essa realidade é ainda mais grave quando consideramos as lideranças tóxicas que exploram essas vulnerabilidades, perpetuando um ciclo de estresse e medo.

 

É essencial destacar que o burnout não é apenas um sinal de exaustão; é um problema de saúde reconhecido pela OMS (Organização Mundial de Saúde), uma doença que demanda atenção e cuidado. Reconhecer os sinais de alerta e buscar ajuda não é um sinal de fraqueza, mas um ato de autorrespeito e preservação.

 

Hoje, mais do que nunca, é crucial que levantemos a voz contra as práticas de trabalho que prejudicam a saúde mental dos funcionários. Denunciar comportamentos abusivos e empresas que valorizam o lucro acima do bem-estar dos seus colaboradores é fundamental para mudar essa realidade. Priorizar a nossa saúde mental não é apenas um direito assegurado por lei; é um imperativo para nossa integridade.

 

Nós Anas, ao compartilharmos nossas experiências, desejamos inspirar outras mulheres a reconhecerem seus limites, a se valorizarem e a exigirem um ambiente de trabalho que respeite sua saúde e dignidade. Juntas, podemos criar uma cultura de trabalho que promova o bem-estar, a igualdade e o respeito por todos. No Dia Internacional da Mulher, lembremo-nos de que lutar contra o burnout e promover um ambiente de trabalho saudável é também lutar por justiça e igualdade.


 Encontramos no apoio uma para com a outra a força da solidariedade, e a importância de uma rede de apoio para enfrentar situações parecidas. Nossas histórias é um convite para que todos façam o mesmo. Não se calem, alguém ao seu lado pode estar passando pela mesma situação e se sentindo sozinho(a)... Escolha sempre o lado da verdade, alguém pode estar precisar de você!

 

Nilza Sabioni 💎

Head de P&D e Inovação | Engenheira, pós Negócios|Gestão|Inovação | Consultoria Empresarial e Desenvolvimento Humano

9 m

Fundamental trazer luz e consciência para este tema!

O pior é que muitas vezes todo o cenário desenhado ainda faz as mulheres se sentirem culpadas pelo que estão passando. Para lidar com isso e fazer uma mudança radical no ambiente das empresas, eu acredito que três ações são indispensáveis: - Implantar um ambiente seguro de conversa, com pessoas especializadas, para que qualquer um possa expor e desabafar pelo que está passando. - Ter um canal eficiente, independente e confidencial para denúncias. E adotar a política de “Tolerância Zero” para desvios comprovados, principalmente da liderança. - E o mais importante, estabelecer um programa de desenvolvimento de habilidades comportamentais nos líderes, baseado na visão de Liderança Sustentável. O modelo adotado historicamente nas empresas valoriza muito mais as habilidades técnicas, competição exarcebada e resultado a qualquer custo. Parabéns às “Anas” por essa empreitada e contem comigo para evoluir a mentalidade e consciência dos líderes em nosso país! É assim!

Miguel Bentes

Entrepreneur with opportunities for structuring projects in the metals, mining, logistic and clean energy sectors

9 m

Maravilha, sempre boas abordagens. Parabéns Ana.

Rafael de Paiva Lima

Educador Corporativo | Palestrante | DHO Cultura | Gente & Gestão | Empreendedor | RH | Inovação | Prof. Universitário | Mestre em Administração

9 m

Muito bom Ana! 🙌🏻🙌🏻🙌🏻

Claudinei Ferreira

Gestão de Pessoas, Educação e Ciências Jurídicas | Pós-Graduado em Direitos da Mulher, Educação, Diversidade e Cultura | Entusiasta de POLÍTICAS SOCIAIS E AFIRMATIVAS | Direitos LGBTI+

9 m

Já tive burnout. É horrível!

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