A importância das mulheres na Ciência e Tecnologia e seu impacto positivo no cenário da acessibilidade.

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Hoje, vamos abordar uma discussão crucial: a participação das mulheres na ciência e na tecnologia, afinal, muito nos interessa o impacto dessas contribuições no desenvolvimento das tecnologias assistivas.

Recentemente, celebramos o Dia Internacional da Mulher e Menina na Ciência, porém, apesar de comemorarmos os avanços conquistados, não podemos ignorar os desafios persistentes que ainda enfrentamos, especialmente no que se refere à sub-representação feminina no setor tecnológico. Vamos explorar essas questões em conjunto?

O que é o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência?

Vamos começar por compreender a data, que foi celebrada no último domingo, 11 de fevereiro.

O Dia Internacional da Mulher e Menina na Ciência foi criado em 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo é destacar o papel fundamental exercido pelas mulheres nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, sigla em inglês), bem como, a necessidade de maior equidade de gênero nesses campos, incentivando uma maior ocupação feminina.

Cenário e Desafios

Convidamos você a refletir sobre a seguinte questão: é uma realidade que a tecnologia está impulsionando verdadeiras transformações em todos os aspectos de nossas vidas, desde a forma como nos comunicamos, trabalhamos, até como nos comportamos. Quando pensamos em acessibilidade, por exemplo, as tecnologias assistivas são um exemplo disso.

Diante desse cenário e de um histórico de desequilíbrio de gênero, a UNESCO afirma que "Até o momento, a maioria dos países, independentemente do seu nível de desenvolvimento, não alcançou a igualdade de gênero nas áreas de STEM."

Trazendo esse contexto para o Brasil e considerando o cenário de pesquisas em geral, dados da ONU e da UNESCO mostram que as mulheres representam 54% das pessoas que fazem doutorado e publicam 70% dos artigos científicos do país. No entanto, elas recebem apenas 24% das bolsas de produtividade.

Tudo isso evidencia que, embora hajam avanços, as barreiras como a menor oferta de recursos e oportunidades de carreira ainda são reais.

Curiosidade! Mulheres que marcaram a história da tecnologia.

Como falamos, ainda enfrentamos desafios significativos na jornada rumo à equidade de gênero na ciência e tecnologia. No entanto, é fundamental reconhecer e celebrar as conquistas e contribuições das mulheres que deixaram a sua marca nessa história. Afinal, em um mundo muitas vezes dominado por figuras masculinas, é crucial destacar o papel vital que as mulheres desempenharam e continuam a desempenhar na evolução e inovação tecnológica.

Ada Lovelace

Ada Lovelace foi quem escreveu o primeiro algoritmo destinado a ser processado por uma máquina, tornando-se assim a primeira programadora da história. Seu trabalho visionário teve um impacto significativo no desenvolvimento posterior da ciência da computação.

Grace Hopper

Durante sua carreira militar, Hopper trabalhou no desenvolvimento do primeiro compilador para uma linguagem de programação de alto nível, o COBOL, que foi uma das linguagens mais amplamente usadas para negócios até o final do século XX. Ela é frequentemente lembrada por sua contribuição para a popularização da programação de computadores e por seu trabalho pioneiro na área.

Dilma Menezes da Silva

Não precisamos ir tão longe na história, nem em outros lugares do mundo. Também temos talentos brasileiros conquistando espaços. Dilma Menezes é um desses exemplos, ela contribuiu de forma significativa no campo da computação, e até hoje seu trabalho continua trazendo ganhos consideráveis em conhecimento de cloud computing. Atualmente, trabalha com pesquisas de software de sistemas, comandando um grupo de pesquisa avançada em Nova York.

Reflexos da participação feminina no âmbito da acessibilidade digital e tecnologias assistivas

Sabia que na parte 2 do estudo sobre o Panorama de Acessibilidade Digital no Brasil, realizado pela Hand Talk em parceria com o Movimento Web para Todos, que contou com a percepção de profissionais especialistas no assunto, houve mais mulheres do que homens como respondentes da pesquisa?

A partir dessa perspectiva, a maior participação feminina é interessante, dado que, atualmente, as mulheres representam apenas 20% do total de profissionais de tecnologia no Brasil. Ou seja, mesmo em menor número, já é notável o impacto positivo em termos mulheres desbravando áreas que também são ligadas a questões sociais.

No contexto do mercado de tecnologia, onde essas pautas sociais estão ganhando cada vez mais relevância, a presença e contribuição das mulheres são essenciais para impulsionar o crescimento e a aceitação de tecnologias assistivas.

A boa notícia é que tudo indica que essa participação só tende a aumentar, pois de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), esse crescimento foi de 60% nos últimos 5 anos!

Resumindo, a falta de representatividade feminina sempre trará consequências negativas em qualquer contexto, mas como percebemos, quando as mulheres não são incluídas e valorizadas na ciência e tecnologia, perdemos uma parte valiosa da diversidade de ideias e perspectivas.

Você conhece alguma mulher que faz a diferença na área de tecnologia? Marca ela aqui nos comentários!