O Líder Técnico e sua Importância em Momentos Decisivos

Esse texto não é sobre Política e sim sobre Liderança e Mundo Corporativo. 

Vivemos um momento ímpar na história. Um momento que o mundo está parando, em função de um vírus.

Uma nova doença: letal, com alto grau de contágio e que gera grandes impactos nos sistemas de saúde de todos os países. A Covid-19 vai mudar para sempre a história da humanidade.

O mundo não será o mesmo depois desse evento!

Mas, antes de projetarmos o futuro, a pandemia precisa ser contida, se for possível fazê-lo, e mortes devem ser evitadas.

No Brasil, um dos ministros, que passava longe dos holofotes e que quase não era percebido, nesse momento de crise, apareceu e se apresentou para o país.

Luiz Henrique Mandetta tem se mostrado o estereótipo do líder técnico. Aquele que, na sua empresa, é o mais caladão e que, às vezes, até esquecemos dele. Mas, na hora que o problema acontece na sua área de conhecimento, toma a frente e atua onde ninguém mais vai atuar.

A base dele é essencialmente técnica, baseada no seu conhecimento e na sua área de atuação. A atuação política, tão comum e importante dentro das corporações, fica em segundo plano e nem sempre existe.

Muitas vezes, esses profissionais são altamente questionados pelo seu jeito de ser e pela sua falta de participação em outros assuntos. Alguns são os “patinhos feios” dos Recursos Humanos, quando a tendência é por um grupo homogêneo em comportamento e não se acredita na força das diferenças.

Afinal de contas, quem não passou ou conviveu com aquele gestor formado em Engenharia, por exemplo, que é mais caladão, não participa muito, é low profile, esquecido e subjugado, mas é tão importante em momentos difíceis e de crise.

Nesse momento crucial, Mandetta tem assumido o protagonismo com brilhantismo, baseado na ciência e alinhado com o que a OMS tem orientado. Não tem cedido às pressões políticas e tem sido fiel ao código de ética da sua profissão.

Não sei se, quando você estiver lendo esse texto, ele ainda será o Ministro da Saúde. O jogo político é duro e, nem sempre, líderes vaidosos aceitam que a luz de seus subordinados brilhe.

Sim! Isso pode acontecer no mundo corporativo também!

Esses profissionais são fiéis ao seu conhecimento, ao que aprenderam nas suas formações e estudos e, às vezes, ficam no caminhos por falta de habilidade política.

Nenhum engenheiro quer ser responsável por um projeto de um prédio que pode cair, não é?

Ainda não sabemos o resultado final desta pandemia no Brasil. Infelizmente, mortes irão acontecer e o sistema de saúde, uma hora, vai colapsar. Mas, com seriedade, o técnico tem conseguido seu brilho, atuando como um médico e baseado na ciência para suas decisões e orientações.

Que possamos lembrar mais dos "Mandettas" das nossas empresas e que não deixemos para valorizá-los apenas nas horas de crises. E, mais ainda, que possamos entender as diferenças e a importância de cada um numa equipe.

Me conte! Você se identifica com o líder técnico? Conhece alguém com este perfil? Quais são as suas experiências sobre o assunto e como observou isto pelas organizações que passou?

Vou adorar saber e poder ampliar esta reflexão!