Quer investir na indústria da maconha?
Por Luís Artur NOGUEIRA*
Olá, amigas e amigos da Jornada de Investimento$. Que tal ganhar dinheiro com a indústria da maconha? Tudo dentro da lei, é claro. Esse investimento pode ser feito por meio de um COE (Certificado de Operação Estruturada) que está sendo oferecido pela Necton Investimentos, a minha parceria de conteúdo nesta Jornada.
Em primeiro lugar, vamos entender o que é um COE. É um produto financeiro emitido por um banco que pode misturar diferentes ativos (juros, moedas, ações etc.), combinando a segurança da renda fixa com a rentabilidade da renda variável.
Os COEs mais populares garantem o capital inicial investido, mas, simultaneamente, limitam os possíveis ganhos. É o instrumento ideal para quem não quer correr riscos e se encaixaria perfeitamente no perfil moderado da nossa carteira pública de R$ 50 mil.
O produto financeiro em questão é o COE Cannabis, que busca ganhos na indústria da maconha. Emitido pelo BTG Pactual, oferece a garantia do capital mínimo investido desde que o resgate não seja feito antes do prazo final de três anos.
O COE tem como ativo de referência um ETF listado em Nova York (ETFMG Alternative Harvest) focado em 30 ações dos setores farmacêutico, tabaco, biotecnologia, fertilizantes, entre outros que se beneficiam das iniciativas de legalização da maconha medicinal e recreativa (não sabe o que é EFT? Assista ao 4º vídeo da Jornada de Investimentos).
O investimento mínimo é de R$ 1.000,00 e pode ser feito até as 15h de 27/05/2021 por meio da plataforma da Necton. O retorno máximo é de 35% no período de três anos, equivalente a 10,52% ao ano. É possível resgatar após seis meses, mas sem a garantia do capital mínimo.
Sobre o lucro da operação, incidirá a tradicional tabela regressiva do Imposto de Renda (IR), que começa em 22,5% e termina em 15% (igual a tabela dos CDBs). Atenção: não há garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) como ocorre nos CDBs.
Há três cenários possíveis neste investimento:
- O ativo de referência tem valorização de até 35%. Neste caso, o investidor receberá exatamente o percentual registrado.
- O ativo de referência tem valorização superior a 35%. Neste caso, o investidor receberá o teto de 35%.
- O ativo de referência tem valorização nula ou negativa. Neste caso, o investidor receberá o mesmo valor que investiu, sem nenhuma correção monetária.
Quais são os riscos do produto? O primeiro é o de quebra do emissor. Como o emissor é o BTG, eu descarto esse risco. O segundo risco é o de acontecer o terceiro cenário descrito acima. Neste caso, embora recupere 100% do valor aplicado, o investidor terá uma perda do poder compra devido à inflação do período. Sem falar, é claro, no custo de oportunidade, pois ele poderia ter aplicado o dinheiro num Tesouro Selic, por exemplo.
Na minha avaliação, se trata de um investimento interessante para quem tem o mesmo perfil moderado da nossa carteira pública de R$ 50 mil. Conforme já ensinamos nesta Jornada de Investimento$, a diversificação é a melhor estratégica, não sendo recomendável concentrar mais do que 30% do seu patrimônio financeiro em apenas um ativo.
*Luís Artur Nogueira é economista, jornalista, educador financeiro e palestrante profissional
Esse artigo é exclusivo da Jornada de Investimento$, uma parceria entre o autor e a Necton Investimentos. A reprodução é permitida desde que citada a fonte e colocado o link para o artigo original