TMU News #11 | Trabalho e Redes Sociais

TMU News #11 | Trabalho e Redes Sociais

Clica aqui pra saber se o recrutador checa até seu Twitter.


Essa pergunta aqui vai pra classe dos anos 2000 que estudou marketing e comunicação: vocês imaginavam, no início dos seus dias acadêmicos e festas de calourada, que as mídias sociais iam dominar boa parte dos nossos cotidianos de trabalho? 

Eu pelo menos não fazia ideia e quando criei meu primeiro perfil no antigo Facebook – ainda de cabeça raspada depois de ter passado no vestibular –, aquela rede me parecia uma versão meio sem graça do Orkut: afinal, como eu podia viver sem as comunidades "Eu odeio acordar cedo" e "Eu nunca terminei uma borracha"???

Mas o fato é que hoje as mídias sociais atingiram aquele ponto de uma inovação que, para o bem e para o mal, se torna tão presente que mal nos damos conta de como era a vida antes delas.

Procurar emprego, ofertas de produtos, ler notícias de fontes sérias, receber matérias duvidosas do tio do zap, combinar aquele churrasco (ou ficar no clássico "vamo marcar" por dois anos até surgir uma nova mídia), analisar o perfil de clientes, botar a boca no trombone e reclamar do trânsito, dos políticos, do restaurante hypado, passar mais do tempo do que devia vendo vídeo de gatinhos e catioros…

Sim, muita coisa gira em torno das redes sociais e, mesmo que você seja low profile ou consiga a façanha de não ter um perfil em nenhuma mídia, é virtualmente impossível não receber direta ou indiretamente algum conteúdo que nasceu do burburinho da Meta, Instagram, Twitter (X) ou do TikTok – até porque elas também geram notícias e pautam nossa complexa, instigante e frenética sociedade hiperconectada.  

Por tudo isso, as redes sociais, sua relação com o mundo do trabalho e com as diferentes gerações que compõem o mercado hoje, são o tema da Tech Me Up News de número 11.

A gente não gravou dancinha, mas quer seu comentário depois da leitura, beleza?



  • 🧓 Cada geração, uma mídia social?
  • 🧑💻 O mapa das profissões das redes.
  • 🧍🧍♀️🧍🧍♂️ Gestão de pessoas e os novos desafios impostos pelo universo digital.
  • ❎ X Hiring: contratação em 140 caracteres?
  • 🥴 O limite da dopamina: como controlar e fazer um bom uso das redes sociais?
  • 👩⚖️ 05 anos de LGPD: o que avançou na sua empresa?
  • 🎥 [DICA DE FILME] Privacidade Hackeada
  • 🎧 [TECH ME UP PODCAST] O consumo de redes sociais pelas gerações .
  • 💼 Ella Vagas!



Como as diferentes gerações usam as mídias sociais?

O ambiente online reflete, em grande escala, a diversidade de nossa sociedade e também muitos de nossos problemas – como a exclusão que avança para o digital e a própria violência nas redes. 

Do lado da diversidade, entender como diferentes grupos geracionais utilizam a as mídias sociais é positivo tanto para que as empresas se comuniquem de modo inteligente com pessoas de anseios e interesses distintos, seja para um processo de recrutamento ou mesmo direcionar campanhas que sejam realmente relevantes para aqueles públicos.

Nesse sentido, o Global Web Index – infográfico que analisou dados sobre o uso das redes sociais em todo o mundo – trouxe alguns insights interessantes:

  • Baby Boomers: embora a geração de nossos pais e avós seja a que menos utiliza as mídias digitais em termos quantitativos, esse índice vem crescendo expressivamente desde 2016, especialmente no WhatsApp e Instagram;
  • Geração X: marcada pela explosão incessante de novas tecnologias, a "geração Coca-Cola" que vai até o início dos anos 80 utiliza as redes por aproximadamente duas horas por dia, tendo uma veia bastante empreendedora e muito presente em mídias como o LinkedIn;
  • Geração Y: a geração Y acompanhou ativamente o nascimento das redes sociais quando tudo ainda era mato na internet e utiliza múltiplas redes e dispositivos com o foco principal em socialização. Embora seu uso diário supere as 2h30, curiosamente, esse índice vem caindo entre a última geração pré-nativos digitais, graças aos movimentos de busca pela "vida fora da internet";
  • Geração Z: cerca de 3 horas de consumo de internet diários e muito conteúdo multimídia – essa é uma das conclusões que já se pode observar entre os xovens da geração Z que, por exemplo, têm debandado de redes como o Facebook em prol do TikTok e Instagram.



As profissões que mais bombam por causa das redes sociais.

Não é exagero afirmar que as redes sociais criaram seus próprios mercados de trabalho – na verdade, em 2023, essa conclusão é até óbvia e o interessante é perceber como essas profissões se consolidaram e devem seguir como tendência forte no universo do marketing digital e da comunicação. 

Além disso, sacar o que as empresas vêm buscando para as suas vagas é um passo importante para fazer bonito na sua entrevista (que talvez você tenha marcado pelo LinkedIn e combinado via WhatsApp, né não?).

Dá uma olhada aqui em 3 das profissões que surgiram em virtude das mídias sociais e nas médias salariais desses trampos segundo a Glassdoor:

  • Coordenador de mídias sociais (+ R$ 5,1k): acompanhar o relacionamento de marcas e empresas; criar e estruturar canais; coordenar a redação de postagens de analistas de social media; estruturar indicadores e a conexão entre campanhas pagas e orgânicas. Essas são algumas das demandas do coordenador de mídias sociais e a dica é investir no estudo de ações multimídia diante da expansão da demanda por vídeos nas redes. 

  • UI/UX Designer (+ 6,2k): as profissões de UI Designer (que desenha a interface das redes, dispositivos, apps e sites que fazem nossa cabeça) e UX (que estuda e aplica formas de melhorar a usabilidade dessas ferramentas) tiveram um boom nos últimos anos diante do avanço da sofisticação das estratégias de experiência do cliente nas empresas. Uma tendência desse mercado são os projetos baseados em interface de voz e como eles podem se integrar às mídias e às soluções da web.  

  • Analista/Especialista de big data (+ 7k): manja quando aquela marca parece saber tudo de você ou quando você recebe um anúncio segmentado que caiu como uma luva depois que você começou a pesquisar sobre um produto? O especialista em big data é um dos profissionais que contribui para que a mágica da personalização aconteça e, com o auxílio de ferramentas de IA, extrai insights dos nossos "rastros" em mídias sociais e também dos dados que compartilhamos livremente com as empresas. O desafio e responsabilidade destes analistas está ligado a unir essa tarefa com as demandas de transparência, um dos pilares da internet contemporânea.  



Gestão de Pessoas X Mídias Sociais

Mas as mídias sociais não apenas criaram novos postos nas empresas: elas trouxeram toda uma nova dinâmica nas relações de trabalho e desafios que envolvem o direito à privacidade nas redes a como conciliar a comunicação sem extrapolar as horas de trabalho definidas em contrato – uma questão, aliás, que se tornou ainda mais complexa em tempos de trabalho híbrido.

Para se ter uma ideia, uma matéria da ConJur relatou um aumento de 45% nos processos trabalhistas que mencionam as redes sociais e que motivaram, inclusive, demissões por justa causa – de vídeos no TikTok em instalações da empresa a difamação de colegas nas mídias.

Dentro desse contexto, é fundamental que as lideranças e as organizações se atentem a algumas estratégias:

  • O estabelecimento e a difusão de políticas claras e transparentes acerca do uso das mídias, do que é permitido e do que é bola fora;
  • Treinamentos com especialistas sobre comunicação não agressiva ligada a dinâmica das redes e da web;
  • Controle – partindo das próprias lideranças – sobre os limites de tempo para comunicação com funcionários e sobre o compartilhamento de dados de clientes. 

São etapas aparentemente simples, mas que levam tempo para se consolidarem em uma organização. Ao mesmo tempo, são elementos indispensáveis não só para evitar B.Os, mas para uma cultura saudável. 



Desvendando o X Hiring

Tempo vai, tempo vem e as mídias sociais vão se transformando e evoluindo (ou ao menos a gente torce nesse sentido).

Depois do Meta – que entrou de cabeça e está investindo rios de dinheiros no metaverso – o Twitter virou o X e, dentro da sua sopa de letrinha, lançou o X Hiring, um recurso para que empresas possam anunciar vagas em seus perfis. 

A versão beta da ferramenta deve ficar disponível nas próximas semanas para empresas verificadas e, ao que tudo indica, vai funcionar de modo semelhante à postagem de anúncios de recrutamento no LinkedIn.

Vai vingar ou vai flopar? O LinkedIn que fique de olho! 



Dicas para maneirar no uso das redes sociais.

Um artigo publicado pelo Dr. Dráuzio Varella já deu a letra: diferentes estudos indicam que o uso de redes sociais libera dopamina no cérebro e pode ser viciante pra chuchu – quem nunca varou a noite e depois ficou com uma baita insônia só rolando um feed de instagram ou TikTok?

Por isso mesmo, adotar medidas para controlar sua presença nas mídias é algo que não apenas pode influenciar na sua produtividade, mas no equilíbrio e saúde mental.

Então, se liga nessas dicas que a gente reuniu e deixa as redes para aquilo que elas foram destinadas – boas conexões, achar umas vagas massas e dar umas risadas com o Casemiro (só não vai amassar trinta vídeos de uma vez antes de dormir):

  • Crie uma rotina com horários estabelecidos para checar as redes e limites de tempo;
  • Você é social media? Não? Então tira as contas do seu smartphone que já dá um belo adianto;
  • Se não for questão de vida ou morte (acredite, quase nunca é), bloqueie as notificações do Instagram, Facebook e etc.;
  • Entenda o nível do problema e, se for o caso, converse sobre isso na sua terapia para controlar a ansiedade; 
  • Não faz terapia? Corre, pede indicação de amigos nas redes sociais, marca uma consulta e volta pra ler a News depois.



Os avanços e desafios da LGPD.

A Lei Geral de Proteção de Dados completou 5 aninhos e trouxe para o Brasil uma das legislações mais completas e inovadoras sobre a proteção de dados no ambiente digital. 

Ao analisarmos o que mudou de lá para cá, o lado positivo envolve o fato de que a maioria das empresas já conhece e tem buscado implementar ações mínimas para garantir que apenas dados com consentimento do cliente são utilizados pela organização.

Sabe aqueles pop-ups de autorização presente em quase todo site hoje em dia? São frutos da LGPD. O lado negativo é que, segundo um estudo recente da RD Station, 77% das empresas estão atrasadas nesse processo e não contam com uma política efetiva de LGPD e algumas delas sequer adotam alguma medida de segurança de dados.

Mudar esse cenário é um dos desafios do mercado na atualidade – sobretudo com a expansão dos canais de contato e relacionamento comercial entre clientes e empresas, incluindo as mídias sociais.  

E sua empresa, como está nessa jornada?



Dica de Filme — Privacidade Hackeada

Pra quem quer entender um pouco mais sobre o caldo cultural que fez avançar leis como a LGPD – e para lideranças que querem fazer avançar com mais urgência políticas de segurança de dados nas empresas em que atuam – vale muito a pena conferir o documentário Privacidade Hackeada.

O filme conta a história do vazamento de dados de milhões de usuários em 2016 em um escândalo que teve como pivô a consultoria Cambridge Analytica e envolveu redes como o Facebook.

Instigante, o documentário toca o terror em nossos corações e expõe os riscos – e a necessidade de políticas assertivas – da era dos dados.



Tech Me Up Podcast — O consumo de redes sociais pelas gerações.

Tá acabando nossa News, mas você pode aproveitar para conferir o novo episódio da Tech Me Up Podcast, que tá fresquinho e conta com um papo muito instrutivo e interessante sobre o uso das mídias sociais entre diferentes gerações com o professor da PUC-RS, Tiago Rigo.

Especialista nas dinâmicas e desafios das redes, Rigo é também gerente de marketing na Fleming Educação e dividiu ainda seus insights sobre o autocontrole na utilização de telas. Corre lá que tá muito massa! 

Confere aí ⤵

Ep. completo no Spotify: https://lnkd.in/dvArfjKcEp.

Ep. completo no YouTube: https://lnkd.in/dMXZ--96



Se liga também nessas vagas que a Electus, nossa parceira, está disponibilizando para engenheiros e profissionais de TI trabalharem do Brasil em empresas do exterior! Corre lá!

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Senior Software Engineer | Vaga Remota | Contratação PJ | Empresa Americana 🇺🇸: especializado em integração de dados, processamento de dados distribuídos e análises, testes e implantação.

Principais qualificações: Inglês avançado ou fluente, Scala, Docker, Kubernetes, bases de dados NoSQL e SQL, fortes habilidades analíticas e de resolução de problemas.

Senior Data Engineer | Vaga Remota | Contratação PJ | Empresa Americana 🇺🇸: a companhia está aproveitando as mais recentes tecnologias nativas de nuvem e técnicas de ciência de dados para projetar e implantar soluções SaaS escaláveis para varejistas.

Principais qualificações: Inglês avançado ou fluente, Java, Scala, Python, Kubernetes, Docker, NoSQL, Apache Spark, Tensorflow, Keras.

 


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