O emaranhado da comunicação

Estamos o tempo todo nos comunicando, seja em família, amigos, trabalho. Quando queremos algo falamos, quando os outros pedem algo respondemos. E assim seguimos todos os dias nos comunicando de forma inconsciente.

Digo inconsciente porque boa parte dessas nossas conversas geralmente acabam em discussão ou não conseguimos ser entendidos ou entender o outro, já reparou nisso?

Esse é um maiores problemas que enfrentamos no dia a dia, nos nossos relacionamentos, sejam eles profissionais ou pessoais.

Mas o porque isso acontece? Porque muitas vezes é tão dificíl a comunicação?

Isso acontece por diversos fatores, vamos explorar alguns:

• Pré condição: É impossível estarmos 100% felizes e bem 100% do tempo. Sempre tem algo que vai nos influenciar, positiva ou negativamente. Fome, sono, medo, frustração, luto e assim vai. Quando vamos nos comunicar com alguém precisamos levar em consideração a nossa pré condição e a do outro.
• Crenças: Pode parecer mentira mas as nossas crenças influenciam sim a maneira que nos comunicamos e compreendemos os outros. Cada um teve uma criação e cada pessoa tem suas crenças e valores pessoais. Algumas crenças quando são desafiadas ou confrontadas pelo outro pode gerar um desconforto gigantesco.
• Traumas: Esse eu acredito ser o mais importante. Por mais que você fale que teve uma infância maravilhosa, algum trauma você passou e ficou marcado no seu inconsciente. Não precisa ser um trauma grande como guerras, muitas pessoas pensam que trauma se resume a isso. Na realidade trauma é qualquer situação que a criança passa e não tem capacidade emocional de lidar, como por exemplo atraso de 10 minutos dos pais para buscar na escola. E a grande questão dos traumas é que geralmente não temos consciência deles, mas isso não significa que eles não estão ai. E nas interações com as pessoas, muitas vezes, sem querer, uma fala ou atitude do outro pode ser um gatilho inconsciente do seu trauma.
• Banco de dados: Nosso inconsciente, nossa memória é como um HD de computador. Tudo o que vivenciamos guardamos memórias emocionais. Não necessariamente é uma memória do evento, mas como você se sentiu quando algo aconteceu. E isso fica marcado em você e quando passa por situações parecidas, você volta a se sentir daquela maneira, por mais que racionalmente saiba que é outra situação.

E o que fazer com tudo isso?

O autoconhecimento é a chave para compreender os seus gatilhos e conseguir ter mais espaço interno para ter compaixão com os gatilhos do outro.

Sempre ter curiosidade nas suas interações, busque saber o que a pessoa entendeu, o que ela queria dizer para você.

Seja criativo para encontrar novas formas de falar a mesma coisa, de explorar o assunto.

Não existe fórmula mágica, você precisa experienciar, testar e ver o que dá certo para você.

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