ATUAÇÃO DOS CONSELHEIROS NOS PILARES DO CAPITALISMO CONSCIENTE.

ATUAÇÃO DOS CONSELHEIROS NOS PILARES DO CAPITALISMO CONSCIENTE.

Board Academy Br Marcelo Simonato, BOARD Farias Souza, BOARD Francine Pena Póvoa

Para iniciar a reflexão sobre o tema proposto, importante destacar o que é capitalismo consciente.

O ponto central está pautado no fato de que o capitalismo é capaz de gerar transformações positivas na sociedade quando é direcionado de forma consciente, ao mesmo tempo em que gera ganhos maiores para própria empresa.

O foco deixa de ser a geração de lucros para poder contribuir para a sociedade e passa a ser, gerar valor para a sociedade e com isso, incrementar os lucros.

Para os autores do livro CAPITALISMO CONSCIENTE – Como libertar o espírito heroico dos negócios, é necessário entender que o capitalismo pode ser uma força tanto para a economia como para o bem-estar social e para o meio ambiente.

Incorporar na gestão, práticas que visam a criação de valor não só para si mesmas, mas também para outras partes interessadas.

Os autores John Mackey e Raj Sisodia identificaram quatro princípios que se tornaram pilares do capitalismo consciente:

  1. Propósito Maior
  2. Cultura Consciente
  3. Liderança Consciente
  4. Orientação para Stakeholders

Observações importantes:

  • Esses pilares devem estar interligados para que o modelo de capitalismo consciente funcione.
  • Propósito Maior e Orientação para stakeholders estão diretamente ligados ao comportamento da empresa na sociedade.
  • Cultura Consciente e Liderança Consciente estão ligados mais a parte interna da empresa.
  • O Conselho atua fazendo perguntas que gerem insights nos gestores da empresa.

1.       Proposito maior – Deixar de visar somente o lucro e passar a focar em um propósito maior.

O propósito norteia a estratégia de uma empresa, fundamenta sua cultura e direciona as decisões baseado em princípios éticos. O propósito não é benéfico apenas para a empresa em si, mas para o seu redor e para a sociedade como um todo.

Atuação do conselho: Para que a empresa existe? Que diferença queremos fazer na comunidade, no país ou até mesmo no mundo com o nosso negócio? Que legado queremos deixar? Como queremos ser lembrados? Como nossos produtos e serviços podem fazer a diferença no mundo?

2.       Cultura Consciente

A cultura de uma empresa consciente valoriza a confiança, o cuidado, a lealdade, a integridade, a igualdade, a transparência. Cabe a liderança da empresa fomentar ações e, principalmente, dar o exemplo para a criação, incrementação e manutenção dessa cultura.

Atuação do conselho: Os processos decisórios são baseados nas crenças e valores da organização? Como a cultura atual se identifica com o Propósito? A cultura é percebida como um diferencial competitivo? De que forma os lideres trabalham para criar uma cultura consciente?

3.       Liderança Consciente

Lideres conscientes acreditam firmemente que podem contribuir, através do seu trabalho, com a construção/criação de um futuro melhor, não só para sua empresa, mas também para a sociedade. Acreditam que seu trabalho é uma oportunidade para fazer a diferença e deixar um legado.

Atuação do conselho: Nossos critérios de contratação de lideres levam em consideração o propósito e a cultura? Como os critérios de promoção estão relacionados com a cultura? Como desenvolvemos internamente nossos líderes? O sistema de remuneração da liderança leva em consideração os aspectos do capitalismo consciente?  

4.       Orientação para Stakeholders

As empresas devem criar valor a longo prazo para todas as partes interessadas, tais como: Acionistas, colaboradores, consumidores, comunidade. Promover o bem-estar social passa a ser foco da empresa.

Atuação do conselho: Ao tomarmos essa decisão, como as partes interessadas serão afetadas? Como criaremos valor para as partes interessadas a médio prazo? Quem será beneficiado e quem será prejudicado com essa decisão?

 

Apesar da importância desse assunto, as empresas têm muita dificuldade na implementação do modelo na prática. É requerido uma mudança no modelo de gestão e as preocupações de curto prazo acabam sendo priorizadas. A rotina absorve o tempo e o foco dos gestores.

É preciso ter coragem para começar e sobretudo é necessário que o Conselho da empresa esteja engajado no processo.

Não existe empresa perfeita. Não existe liderança perfeita.

Existem empresas que, de forma consciente entendem que visar somente o lucro já não é suficiente para a perpetuação do negócio.

Existem líderes que baseiam suas decisões em princípios éticos pensando e agindo para incorporar, no dia a dia da organização, uma cultura de criação de valor para a sociedade.

Mais do que necessário que os conselhos deliberativos ou Conselhos consultivos das empresas, mantenham em suas agendas, a busca do capitalismo consciente como forma de contribuir, não só com a perpetuação das empresas, mas também com a geração de valor para todas as partes envolvidas.

Farias Souza, BOARD

LinkedIn Top Voice | Conselheiro de Conselheiros | CEO - Presidente | Lifelong Learner | Investidor e Empreendedor Serial | Crescimento e Inovação | Mentor de Negócios | Apaixonado por Pessoas e Negócios

1 a

Perfeito Almir Peruck 👏🏼👏🏼👏🏼

Carlos Hoyos

Senior Global Executive Coach | Forbes Coaches Council | Business Advisor | Keynote Speaker | CEO & Founder | Investor | Leadership, Business & Networking Development

1 a

Ótima reflexão, Almir Peruck. O capitalismo consciente é, sem dúvidas, a vanguarda da atuação empresarial e você abordou com clareza os pilares essenciais desse modelo. Parabéns pelo artigo!

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