Você tem medo das críticas?
Estamos perto do início de um novo ano, mas ainda é muito comum as pessoas terem medo das famigeradas críticas, mas estas não assustam só pessoas físicas e trabalhadores operacionais comuns, como também líderes e gestores; contudo, é realmente necessário temer esta que, talvez, seja o maior vetor de aprimoramento contínuo de nossas atividades, ações e comportamentos? É o que veremos na crônica de hoje.
Certa vez, nas aulas de marketing na universidade, o professor nos relata a seguinte situação na disciplina de Pós-Venda: “se a empresa, de alguma maneira, incentivasse o cliente/consumidor a preencher aquela ficha e depositar na urna de sugestões com suas críticas acerca de suas percepções do produto, do atendimento ou de outros pontos da corporação como um todo, o plano de ação com melhorias seria muito mais fácil de ser elaborado”.
Este pequeno relato nos incentiva a fazer não só uma reflexão de práticas de pós-venda para comportamentais humanas, como nos instiga a ouvir palavras que visem a nossa melhoria e aprimoramento contínuo.
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Apesar disso, o que observamos em nosso cotidiano é totalmente o inverso, no qual, por um excesso de ego do indivíduo (seja pelo cargo exercido ou pelo temperamento que demonstra), as críticas têm sido cada vez mais suprimidas. E esta supressão, seja pelos mais variados motivos (que não entrarei no mérito pois não é o tema do artigo, mas que conhecemos bem) resulta em ações que vai desde a estagnação de performance da empresa como até em pedidos de demissão de colaboradores, por estes não terem a liberdade em discutir suas percepções com franqueza e honestidade.
A arte de saber ouvir não pode e nem deve se concentrar apenas no cliente externo, mas também, no cliente interno. A escuta 360º tanto de quem está fora como quem está dentro do processo organizacional fará com que tenhamos um entendimento por completo não só de problemas que prejudicam a organização, mas como também, de ideias que alavancarão sua performance como um todo e melhorando o famoso clima organizacional. Como diz um gestor que tive: “para que a empresa tenha êxito em sua performance e em seus processos se faz necessário que todo o time tenha não só lealdade na execução, mas principalmente, liberdade na discussão”.