CIDADANIA

Estamos vivendo um momento da história humana em que a ideologia implantada na mente das pessoas é a do individualismo, de cada um tentando salvar-se, é a consequência do pensamento único, que está dominando a sociedade atual, baseado no neoliberalismo, em que o mercado e a economia estão colocados como valores supremos. Como diz o jornalista Luiz Geraldo Mazza: "Nesses tempos de globalização fundamentalista e fascista, porque coloca a economia como valor-chave da vida em sociedade, o trabalho perde a expressão como fator de produção e é preciso uma reação também em escala universal. Essa luta será tecida pelos pequenos exemplos."

É necessário reagir, sairmos do individualismo e do comodismo em que a maioria das pessoas estão, pois, sozinhos acabaremos todos sendo engolidos por essa lógica fascista, a solução é a união e a solidariedade entre as pessoas. Precisamos ultrapassar os nossos interesses individuais e preocuparmo-nos com os problemas da comunidade em que vivemos, para que juntos possamos nos realizar enquanto cidadãos plenos em seus direitos. Cada pessoa dentro de seu círculo de convivência deve tentar romper o individualismo e o comodismo e partir para as ações solidárias.

Neste momento da história em que estamos vivendo, temos que ter coragem e ousadia para se contrapor a esse pensamento único que desumaniza e frustra os seres humanos. Portanto, é fundamental, partirmos para ações concretas e construtivas, pois, só quando, em cada espaço que o cidadão estiver, por menor que seja a repercussão de sua ação, se deixar o comodismo e o individualismo de lado e agir como cidadão solidário, estará reagindo e colaborando na construção de uma sociedade melhor e acima de tudo mais justa e feliz.

OBS: Este artigo foi publicado originalmente no Jornal Odiário do Norte do Paraná, em Maringá, no dia 12 de maio de 1998, na página 02. Durante um bom tempo publiquei artigos quase que semanalmente neste jornal e em outros da cidade de Maringá. Conforme vou resgatando estes artigos vou publicando alguns neste espaço, até como uma foram de preservar a memória.