Líderes despreparados e dispensáveis

Liderar é a capacidade de comandar pessoas, formar seguidores e influenciar positivamente crenças e atitudes.

 

Quantos líderes são necessários para conduzir uma boa empresa?

 

O líder pode e deve ser importante nas empresas. Seu principal papel é promover a organização do negócio e conduzir as pessoas e demais recursos de forma a alcançar resultados planejados. Ele resolve problemas, orienta e motiva a equipe, e trabalha junto com ela em prol do crescimento e desenvolvimento da companhia.

 

Mas vamos fazer uma pequena análise do que de fato acontece nas organizações. Pesquisa da consultoria Entheusiasmos diz que cerca de 50% dos líderes de empresas não estão preparados para seus cargos.

Segundo esta pesquisa, comentada em artigo de Rafael Queiroz, mais de 50% dos líderes de empresas, entre eles presidentes, diretores e gerentes, não têm condições ou preparo para levar suas organizações a um bom desempenho. De acordo com o diretor da consultoria, Eduardo Carmello, esse dado revela que muitas empresas não têm lideranças aptas a entender o valor dos ativos intangíveis, que são formados pela inteligência estratégica da empresa, o know how. Segundo o diretor, 80% do valor da empresa vem de relacionamentos, marca, conhecimento, reputação e capital intelectual, relacionado diretamente aos empregados. Veja bem a importância da responsabilidade e conhecimento concentrados nos funcionários!

Indo um pouco além,” apenas dizer que sabe, não significa fazer e, para uma empresa, o fazer é decisivo, é o que gera resultados”, finaliza Eduardo. Pasmem, somente 19% do conhecimento que os funcionários possuem são efetivamente aplicados para desenvolver as atividades da empresa.

Na prática, sabe-se que 70% dos funcionários aguardam ordens do superior para aplicar conhecimento. Se o líder não for “águia”, não tiver o preparo necessário e não usar de métodos eficazes para aproveitar este capital intelectual de nada adianta ele estar lá. Este enorme desperdício de inteligência acontece devido, em alguns casos, às barreiras de poder que estes líderes despreparados criam como forma de se proteger no cargo e camuflar a sua incompetência. Acredite, há empresas onde isso sequer é percebido pela Direção!

A construção e retenção da inteligência empresarial se sustentam em práticas que promovem o desenvolvimento da gestão das informações e do conhecimento. Uma delas é a orientação dos funcionários alinhando talento, conhecimento técnico e a prática aos processos. Outra atitude correta é a orientação prévia pelos líderes a todos os funcionários que irão realizar um curso ou treinamento, explicando-lhes sobre a importância do conteúdo que irão apreender e onde poderá ser aplicado. Após os treinamentos, outras práticas deverão ser adotadas, como por exemplo a participação destes funcionários em projetos, eventos de equipes de melhoria, reuniões de brainstorming com aplicação de métodos que exigem trabalho em equipe, entre outras.

Nas empresas que atendo tenho implantado programas para Equipes de Melhoria que desenvolvem projetos utilizando metodologias de gestão avançada, como o PDCA e MASP para melhorar os pontos fracos da empresa, e estudos em grupos no Método Cumbuca, além do treinamento de habilidades destaque pelos próprios funcionários.

 


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