O sector segurador em Portugal com crescimentos significativos
Pouco a pouco vamos conhecendo os resultados operacionais das principais seguradoras do nosso mercado e pelo que temos visto estamos, sem duvida, perante um crescimento visível da industria seguradora, senão vejamos:
A CA Vida, seguradora que actua no ramo vida, do Grupo do Crédito Agrícola, apresentou resultados positivos de 0,9 milhões de euros. A CA Seguros, seguradora cuja actividade se centra no ramo não vida, lucrou 2,7 milhões de euros. Também a CA Gest (gestora de activos) lucrou 0,6 milhões de euros.
O grupo Allianz continuou, no segundo trimestre, o bom desempenho já demonstrado no primeiro trimestre, vendo agora neste segundo trimestre as suas receitas aumentaram 2,4%, para 30 200 milhões de euros, o lucro operacional subindo 2,6%, para 2.840 milhões de euros, e a remuneração líquida a atribuir aos acionistas atingindo 2.020 milhões de euros, o equivalente a um crescimento de 15%. No segundo trimestre, o segmento de seguros Não Vida registou igualmente um forte aumento no resultado operacional, apoiado por um impacto mais baixo de desastres naturais e o pelo benefício líquido da venda do negócio de seguros pessoais da Fireman’s Fund Insurance Company. No segmento de seguros de Vida e Saúde, a procura de produtos não tradicionais continuou igualmente a crescer.
O grupo Fidelidade mantém-se como o maior investidor segurador na economia nacional, tanto em volume de investimento como em percentagem da carteira de títulos. No que diz respeito a receitas, o grupo atingiu em junho um montante de prémios de 2.223 milhões de euros (1.612 milhões de euros no ramo Vida e 611 milhões de euros nos ramos Não Vida), com acréscimos de 12,3% e 8,2% nos ramos Vida e Não Vida, respetivamente.
Esta evolução, segundo o grupo, permitiu-lhe reforçar a liderança do sector segurador nacional, com uma quota de mercado global estimada de 30,2% (+3,4pp face ao período homólogo).
Temos visto esta tendência de crescimento também a nível internacional e a maior prova disso foi a revisão em alta dos resultados finais da Munich Re, líder global no setor de resseguros, onde, a entidade apurou 1,07 mil milhões de euros de resultado líquido no segundo trimestre, um desempenho confortavelmente superior ao antecipado por analistas, cuja projeção média apontava para cerca de 850 milhões. Entusiasmada com os sinais de estabilização nos preços do resseguro e perspectivas de um decréscimo no valor das compensações a pagar, a companhia corrigiu a previsão de lucros, de 2,5 mil milhões para 3,3 mil M€.
Esperamos todos um segundo semestre igualmente de crescimento sendo certo que os sinais de abrandamento da economia na China e a consequente quebra do valor do petróleo possa reduzir essa expectativa. A ver vamos!!
Pedro Luíz Gomes
Director do Mundo dos Seguros
pluizgomes@pickgreen.pt